Os dividendos entregues pela Petrobras ao governo federal, seu principal acionista, caíram no 1º trimestre para o valor mais baixo em três anos, segundo dados compilados pela consultoria Elos Ayta. O recuo ocorre em meio a uma tendência de queda na distribuição de proventos pela petroleira.
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O estudo abrange o período do primeiro trimestre de 2023 até o início de 2025 e considera apenas os valores efetivamente desembolsados, ou seja, os pagamentos realizados (e não os proventos anunciados).
“Ainda que a empresa anuncie dividendos robustos, os repasses podem ser postergados, parcelados ou até mesmo revistos, dependendo da política de capital da estatal, de seu cronograma de investimentos ou de eventuais intervenções regulatórias”, explica a Elos Ayta.
Veja no gráfico abaixo os dividendos desembolsados pela empresa e a parcela destinada ao governo:
Conforme mostra o gráfico, o maior desembolso por parte da petroleira ocorreu no segundo trimestre de 2024, quando foram desembolsados R$ 37,6 bilhões. A União abocanhou R$ 10,77 bilhões.
A Petrobras e o risco fiscal
A Elos Ayta destaca que historicamente a petroleira cumpre um papel estratégico de fortalecimento de caixa do governo federal. “Em um ano marcado por incertezas fiscais e pressão sobre as contas públicas, a redução nos repasses da Petrobras à União acende um alerta para o governo”, afirma a consultoria.
Sobre os motivos desta redução, a consultoria aponta que vão além da política de distribuição de proventos, refletindo também a geração de lucro e caixa, “que segue influenciada por fatores como o preço do petróleo no mercado internacional, o câmbio e a política de investimentos e endividamento da estatal”.
Segundo outro levantamento da Elos Ayta, a Petrobras reportou no primeiro trimestre de 2025 seu maior lucro em dois anos. A última vez que o lucro da Petrobras havia sido tão grande fora no primeiro trimestre do ano de 2023, com R$ 38,1 bilhões.
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