Dólar cai abaixo de R$ 5,60 com apetite por risco após acordos tarifários

O dólar opera em leve baixa ante o real nesta quarta-feira, 14, a caminho de renovar sua menor cotação de 2025, à medida que os investidores continuam de olho no possível anúncio de novos acordos comerciais pelos Estados Unidos na esteira dos entendimentos com China e Reino Unido.

Perto das 11h20, o dólar à vista caía 0,24%, a R$ 5,598 na venda. Já o Ibovespa oscilava perto da estabilidade, aos 138.930 pontos. Veja cotações.

Na quarta-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 1,33%, a R$ 5,6075, a menor cotação desde 14 de outubro.

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Os movimentos do real nesta sessão refletiam a continuação de um maior apetite global por risco devido aos avanços nas negociações comerciais dos EUA com seus parceiros.

O que fez aumentar o apetite por risco?

As tarifas dos EUA têm sido foco de atenção dos mercados desde que o presidente Donald Trump anunciou uma série de taxas de importação abrangentes em 2 de abril, pausando a maioria delas uma semana depois a fim de permitir negociações.

Nesta semana, o apetite por risco tem predominado nos mercados cambiais, principalmente depois que a trégua comercial entre as duas maiores economias do mundo afastou parte das preocupações com a possibilidade de uma recessão global.

Dados de inflação abaixo do esperado nos EUA divulgados na véspera também fomentavam o otimismo entre investidores, alimentando expectativa de que o Federal Reserve possa ter mais espaço para cortar a taxa de juros neste ano.

“A política comercial dos EUA tem sido altamente volátil nos últimos meses, mas se a última redução (das tensões) se mantiver, haverá potencial de alta em relação às nossas previsões de crescimento global”, disseram analistas da Fitch Ratings em relatório.

O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,38%, a 100,600.

A moeda dos EUA também recuava neste pregão frente a pares do real, como o peso mexicano e o peso chileno.

Os mercados estão acompanhado uma viagem de Trump pelo Oriente Médio, que pode ter tanto efeitos econômicos, com o anúncio de investimentos nos EUA, quanto geopolíticos, à medida que o presidente norte-americano discute a situação na Faixa de Gaza com os parceiros da região.

Na cena doméstica, o IBGE informou que o volume de serviços no Brasil voltou a crescer no final do primeiro trimestre, mas mostrou desaceleração e ficou ligeiramente abaixo do esperado em março, em um cenário de esperado desaquecimento da economia e juros elevados.

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