
Os EUA reduzirão as tarifas sobre remessas de baixo valor vindas da China para 54%, segundo um decreto da Casa Branca divulgado nesta segunda-feira (12). A medida visa amenizar ainda mais a escalada de uma guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
A decisão vem na esteira do acordo firmado entre as duas potências em Genebra na véspera, onde as tarifas recíprocas foram reduzidas.
Chamada de tarifa “de minimis”, o decreto de Washington indicou que o embargo será reduzido de 120% para 54%, com uma taxa fixa de US$ 100 a ser mantida a partir de 14 de maio. Especialistas do setor disseram que as transportadoras podem pagar a taxa de 54% ou US$100 por pacote. Empresas de logística ou despachantes cobram essas tarifas dos vendedores na China antecipadamente.
Em fevereiro, o presidente Donald Trump encerrou com a isenção de itens de baixo valor vindo do país asiático ao impor uma taxa de 120% do preço da compra ou uma taxação fixa de US$ 200, prevista para vigorar a partir de junho. As alegações do republicano era que empresas como Shein, Temu e outras companhias do e-commerce se aproveitavam da isenção.
A isenção “de minimis”, para itens avaliados em até US$800 e enviados da China por meio de serviços postais, podia anteriormente entrar nos EUA sem impostos e com inspeções mínimas.
O número de remessas que entram nos EUA por meio desse canal disparou nos últimos anos, com mais de 90% de todos os pacotes chegando via “de minimis”. Desses, cerca de 60% vieram da China, liderados por varejistas como Temu e Shein.
Impacto da decisão da Casa Branca
No decreto de segunda-feira, a Casa Branca disse que a tarifa reduzida entrará em vigor às 10h01 (horário de Brasília) de 14 de maio de 2025. “Não queremos prejudicar a China”, disse Trump depois do anúncio do acordo, acrescentando que a China estava “sendo muito prejudicada“. Afirmou ainda que espera conversar com o presidente chinês, Xi Jinping, “talvez no final da semana”.
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