Natura (NTCO3) reduz prejuízo líquido em 83,9% no 1T25 

Foto: Divulgação

A Natura (NTCO3) divulgou nesta segunda-feira (12) um prejuízo líquido de R$ 150,7 milhões no primeiro trimestre de 2025. O valor representa uma queda de 83,9% em relação a outro prejuízo acumulado pela empresa no mesmo período de 2024. O déficit, segundo balanço divulgado ao mercado, foi atribuído aos sócios da empresa controladora.

Entre janeiro e março, as receitas da empresa cresceram 45,8% na comparação anual e somaram R$ 6,7 bilhões. O Ebitda recorrente da fabricante de cosméticos foi de R$ 789,5 milhões, um aumento de 30,1% em relação ao ano passado e acima dos R$ 623 milhões aguardados por especialistas em pesquisa da LSEG.

A empresa apurou que o lucro líquido ajustado foi de R$ 264 milhões, comparado a um prejuízo ajustado de R$ 116 milhões no mesmo período do ano anterior. Segundo a companhia, a melhora foi impulsionada por ganhos de eficiência na chamada “Onda 2”, alavancagem operacional e menores despesas administrativas como percentual da receita.

Apesar da evolução operacional, os resultados ainda foram pressionados por R$ 190 milhões em custos de transformação e R$ 251 milhões em despesas financeiras, em parte explicadas pela variação cambial e por perdas com derivativos.

Resultado financeiro e despesas

O resultado financeiro líquido ficou negativo em R$ 250,8 milhões, forte piora ante outro resultado negativo reportado um ano antes, de R$ 84,3 milhões reportado um ano antes. Os números refletem maiores despesas, menores receitas e maiores perdas com derivativos sobre variação do câmbio. 

As despesas com vendas, marketing e logística na América Latina subiram 18,6%, para R$ 2,3 bilhões, ou 43,9% da receita líquida no primeiro trimestre, um aumento de 1,2 ponto percentual ao ano. A receita consolidada se beneficiou das vendas da Avon International, que somaram R$ 1,4 bilhão no período.

Dívida líquida e impacto cambial

Já a dívida líquida do trimestre foi de R$ 2,9 bilhões, aumento frente aos R$ 2,4 bilhões apurados no quarto trimestre de 2024. A dívida, segundo a Natura, se deu pela queima de caixa de R$ 692 milhões e saída de R$ 60 milhões para o programa de recompra de ações, parcialmente compensadas pela depreciação do dólar frente ao real, reduzindo a dívida total em, aproximadamente, R$ 250 milhões.

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