Renda fixa: veja como fica o retorno mensal e anual dos investimentos com a Selic em 14,75%

A taxa básica de juros (Selic) subiu para 14,75% ao ano, o patamar mais alto desde 2006. Com mais essa elevação, talvez a última do ano, aumenta ainda mais a atratividade dos investimentos de renda fixa aumenta.

“O rendimento nominal está elevado e, mesmo considerando a inflação atual, o ganho real continua sendo bastante competitivo, o que raramente acontece com tanta consistência no Brasil”, afirma o economista Sidney Lima, da Ouro Preto Investimentos.

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Retorno mensal e anual da renda fixa

A pedido da IstoÉ Dinheiro, Sidney Lima calculou como fica o retorno mensal e anual dos principais indexadores da renda fixa.

O levantamento também mostra as taxas reais de retorno. Ou seja, o rendimento descontada a inflação de 5,53% projetada para os próximos 12 meses pelo Boletim Focus.

As rentabilidades da tabela acima são aplicáveis para investimentos isentos de Imposto de Renda (IR), como por exemplo LCI (Letra de Crédito Imobiliário), LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários), CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) e debêntures incentivadas.

“Temos que observar que as LCIs e LCAs geralmente tem uma carência maior”, comenta Lima. O tempo mais extenso decorre justamente da ausência de encargos.

A poupança também está isenta de IR e foi incluída na tabela. Aplicação mais popular entre os brasileiros, ela não é considerada como um investimento por alguns especialistas, justamente devido a sua rentabilidade baixa. Conforme mostram os dados, seu rendimento anual real fica abaixo de 2%.

E os investimentos com incidência de IR?

Outros investimentos da renda fixa contam com IR regressivo, que diminui conforme o tempo do investimento. O tributo incide sobre grande parte dos investimentos de renda fixa, como títulos do Tesouro Direto e CDBs. As alíquotas são:

  • Até 180 dias: 22,5%
  • De 181 a 360 dias: 20%
  • De 361 a 720 dias: 17,5%
  • Acima de 720 dias: 15%

Veja nas tabelas a seguir como fica o rendimento nominal e real (descontada a inflação de 5,53%) dos principais indexadores da renda fixa.

Sidney Lima calculou também o retorno real dos indexadores após o desconto do IR, ou seja, o valor líquido após os descontos tanto do tributo como da inflação projetada pelo Boletim Focus. Confira:

Cuidados ao investir

Antes de escolher seu investimento, o especialista recomenda olhar outros fatores para além do rendimento.

“Primeiro, a liquidez: há ativos atrelados ao CDI com prazos longos e carência, o que pode comprometer a estratégia de quem precisa de flexibilidade”, diz.

“Segundo, o risco de crédito”, segue. Bancos menores ou debêntures de empresas em crise possuem maior risco de calote, por exemplo. Além disso, investimentos como as debêntures não possuem cobertura do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), espécie de “seguro” que reembolsa até R$ 250 mil investidos em caso de calote.

“A seleção deve considerar o papel do ativo dentro da carteira, se é para reserva de liquidez, proteção, ou geração de caixa”, conclui o especialista

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