O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou que seu atual cargo seja “o pior emprego do mundo”. “Eu não considero, é muito fascinante”, disse em entrevista ao Uol nesta segunda-feira, 12. Ele complementou dizendo que considera o trabalho mais difícil do que o desempenhado na prefeitura de São Paulo.
+Lula deve anunciar plano para data centers assim que voltar de viagem, diz Haddad
+Lula chega a Pequim para o fórum China-Celac
A fala ocorre em um contexto de diferentes pressões sobre o ministério, com a taxa básica de juros, a Selic, em seu patamar mais alto de 2006, inflação fora do teto da meta e projeções de que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) desacelere para cerca de 2% segundo a última edição do Boletim Focus.
Na mesma entrevista, Haddad disse discordar das projeções do mercado financeiro. Para o ministro, o governo deverá entregar um crescimento econômico de 2% neste ano, e Lula fechará seu mandato com uma taxa média do PIB acima dos 3%.
“O presidente Lula vai entregar um país muito melhor do que recebeu”, defendeu o ministro. Entre as conquistas mencionadas, Haddad destacou a reforma tributária como o “maior legado” que seu trabalho na pasta da Fazenda deixará e citou a unificação de diversos impostos no IVA (Imposto sobre Valor Agregado) como a “modernização” do sistema de tributos brasileiro.
Haddad busca reforma ‘global’ do IR
Haddad comentou também o projeto de isenção do Imposto de Renda (IR) para pessoas com renda mensal inferior a R$ 5 mil. Atualmente, a proposta encontra-se na Câmara dos Deputados, onde será avaliada por uma comissão especial sob comando do relator Arthur Lira (PP-AL).
“É a primeira vez que um governo muito progressista apresenta uma proposta para fazer o mínimo de justiça e tem gente reclamando. Essa proposta tinha que ser aprovada em 15 dias”, disse o ministro.
Haddad disse que não saber os pensamentos de Lira sobre o projeto, porém elogiou a habilidade do deputado de negociação. “Penso que o deputado Arthur Lira está dedicado a reforma da renda, e a reforma da renda começa com esse projeto. Nós temos um grande capítulo a enfrentar, a reforma global da renda, que tem muitas distorções.”
O post Ser ministro da Fazenda, não é o pior emprego do mundo, é fascinante, diz Haddad apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.