Minerva (BEEF3) pagará R$ 22 mi à União em acordo de leniência

Minerva

Em acordo de leniência assinado com a AGU (Advocacia-Geral da União) e a CGU (Controladoria-Geral da União), a Minerva (BEEF3) deverá pagar R$22 milhões à União, segundo informe da AGU divulgado nesta sexta-feira (9).

O órgão comunicou ainda que a decisão tem base na lei Anticorrupção e os fatos objeto do acordo são anteriores a 2018. A AGU acrescentou que eles envolveram o pagamento de vantagens indevidas a fiscais agropecuários vinculados ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) em Araguaína (TO) pela Minerva.

“A questão foi investigada no contexto das Operações Lucas e Vegas, que apuraram o envolvimento de mais de uma dezena de empresas de processamento de alimentos”, afirmou a pasta.

Além disso, durante as negociações do acordo, “foram avaliados e reconhecidos os aperfeiçoamentos do programa de integridade adotado pela empresa”, segundo a AGU.

Além do pagamento da multa, a Minerva se comprometeu também com a aprimoração de suas políticas de governança e de compliance.

Procurada pela Reuters, a Minerva não respondeu ao pedido de comentário.

Minerva (BEEF3): BTG vê valorização de 38% com nova ‘jogada tática’ 

A Minerva (BEEF3) aprovou a proposta para aumento de capital de até R$ 2 bilhões, com conclusão prevista para 29 de abril, um movimento classificado pelo BTG Pactual como uma “jogada tática”. O banco elevou o preço-alvo da ação de R$ 9 para R$ 10, com um potencial de valorização de cerca de 38% sobre o último fechamento.

Além disso, o banco seguiu com recomendação neutra para os papéis, acreditando que o negócio terá impulso de uma possível diluição positiva do lucro por ação, um preço de emissão com desconto e o potencial adicional dos bônus de subscrição (warrants). 

Ainda no ano passado, em um relatório enviado em setembro, a equipe do banco apontava para uma incerteza em torno do valor da ação. Isto por conta do alto endividamento, que chegou a representar 85% do valor da Minerva em certo momento deste ano.

Esse fato alerta que até mesmo uma alteração pequena nas expectativas de lucro e fluxo de caixa resultava em uma variação desproporcional no valor justo do patrimônio da Minerva.

“Isso representava um risco excessivo, especialmente em um setor em que câmbio, preços de commodities e acordos comerciais globais aumentam a volatilidade das projeções de lucro”, afirmaram Thiago Duarte, Guilherme Guttilla e Gustavo Fabrisa no relatório do BTG, segundo o “Money Times”.

“Embora os riscos de margem ainda persistam, o balanço da Minerva ficará inegavelmente mais sólido após a conclusão do aumento de capital. Estimamos que o patrimônio líquido passará a representar 35% do valor da empresa com base no preço atual da ação”, prosseguiram.

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