Depois que o Fed (Federal Reserve) anunciou a decisão de manter a taxa de juros inalterada pela terceira vez, na faixa dos 4,25% a 4,5% ao ano, o presidente do autoridade monetária, Jerome Powell, reforçou que seu trabalho não é afetado pelos os pedidos de Donald Trump para que o banco central dos EUA reduza os juros.
“Sempre faremos a mesma coisa, que é usar nossas ferramentas para promover o máximo emprego e a estabilidade de preços em benefício do povo americano. Sempre vamos considerar apenas os dados econômicos, as perspectivas, o balanço de riscos — e só isso. É tudo o que vamos levar em conta”, disse Powell em coletiva de imprensa após a decisão.
“Portanto, isso realmente não afeta nem o nosso trabalho nem a forma como o realizamos”, completou o presidente do Fed.
Durante a coletiva, Powell também foi questionado sobre o porquê de ainda não ter se reunido com Trump desde o início do mandato do republicano, ao que o economista respondeu que isso não cabia a ele.
“Eu nunca pedi uma reunião com nenhum presidente e nunca pedirei […] Sempre foi o contrário. Eu não acho que cabe a um presidente do Fed buscar uma reunião com o presidente dos EUA”, afirmou Powell.
Trump estuda destituição de Jerome Powell
O assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, afirmou nesta sexta-feira (18) que o presidente Donald Trump e sua equipe continuarão a estudar a possibilidade de demitir o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, quando questionado sobre essa opção.
A declaração ocorre em meio a uma escalada nas tensões entre Trump e Powell, com o presidente acusando o chair do Fed de “fazer política” por não reduzir as taxas de juros e afirmando que possui o poder de removê-lo do cargo “muito rapidamente” .
Trump, que nomeou Powell para liderar o Fed em 2017, tem expressado frustração com a política monetária do banco central, especialmente em relação às taxas de juros, que permanecem entre 4,25% e 4,5% desde o início do ano.
Em declarações recentes, Trump intensificou suas críticas, afirmando que a “demissão [de Powell] não pode acontecer rápido o suficiente” e considerando substituí-lo por Kevin Warsh, ex-diretor do Fed e conselheiro econômico do presidente George W. Bush.
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