Pão de Açúcar reduz prejuízo no 1TRI25

O Grupo Pão de Açúcar (GPA, B3: PCAR3) registrou um prejuízo líquido de R$ 169 milhões no primeiro trimestre de 2025, uma redução de 74,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar da melhora significativa na última linha do balanço, os papéis da companhia lideraram as perdas do Ibovespa dia 6, recuando mais de 20% durante a manhã, pressionados pela baixa visibilidade na geração de caixa e pela elevada alavancagem.

A receita líquida do GPA entre janeiro e março foi de R$ 4,77 bilhões, alta de 3,9% na comparação anual. O Ebitda ajustado subiu 9,9% e somou R$ 409 milhões, com a margem ajustada avançando 0,5 ponto percentual, para 6,8%. Já o Ebitda total cresceu 94% e atingiu R$ 324 milhões.

Na bandeira Pão de Açúcar, o crescimento de vendas em mesmas lojas foi de 6,5%, impulsionado por uma estratégia centrada em sortimento premium, qualidade de perecíveis e serviços diferenciados. O Extra Mercado também registrou evolução nas vendas comparáveis, com alta de 6,6%, refletindo a continuidade do projeto de revisão de sortimento iniciado no segundo semestre de 2024.

As vendas totais no trimestre somaram R$ 5,1 bilhões, com avanço de 4,6%. Ajustadas para o conceito de mesmas lojas, excluindo os efeitos do calendário — como a Páscoa, que em 2025 caiu no segundo trimestre —, as vendas teriam crescido 7,3%.

Resultado do GPA no 1TRI25

O GPA destacou ainda o desempenho do formato de Proximidade, que teve crescimento de 18,8% com a abertura de 60 novas lojas nos últimos 12 meses, além do avanço de 17,1% da rede Aliados. O CAPEX foi de R$ 709 milhões, destinado principalmente à expansão e revitalização de lojas.

Apesar dos avanços operacionais, a dívida líquida da companhia somava R$ 2,4 bilhões ao final de março, e a alavancagem medida pelo índice dívida líquida/Ebitda ajustado (pré-IFRS 16) recuou de 3,0x para 2,8x em 12 meses. Ainda assim, analistas alertam para o risco financeiro.

O Goldman Sachs, que mantém recomendação neutra para os papéis, apontou que a recuperação de margem foi positiva, mas a geração de caixa segue limitada, dificultando uma retomada mais robusta. O Jefferies também tem visão cautelosa: embora reconheça um desempenho operacional sólido, afirma que a dívida elevada e contingências continuam sendo pontos de atenção.

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