A OutField movimentou o setor esportivo ao captar R$ 100 milhões para antecipar recebíveis de clubes de futebol.
Com foco nas SAFs (Sociedades Anônimas do Futebol), a gestora, assim, quer oferecer crédito com condições mais atrativas.
A estratégia acompanha o avanço da profissionalização dos clubes e aposta em garantias além dos tradicionais direitos de transmissão.
OutField lança fundo com foco em SAFs e crédito estruturado
A OutField criou o FIDC Futebol com recursos de family offices e investidores institucionais.
Metade do valor veio da gestora de um dos maiores bancos do país.
Embora o nome não tenha sido divulgado, a participação mostra o interesse crescente no setor.
A gestora planeja realizar entre 10 e 20 operações, com tíquetes de R$ 5 milhões a R$ 10 milhões.
SAFs ampliam acesso a crédito com menos custo
O modelo de SAF tornou os clubes mais transparentes e organizados, o que atraiu investidores.
Com isso, a OutField identificou uma oportunidade.
Ao invés de depender apenas das receitas de TV, os clubes podem agora antecipar valores de sócio-torcedor, bilheterias, patrocínios e vendas de jogadores.
Essa diversificação permite taxas menores e prazos mais longos.
OutField reduz risco com modelo próprio de avaliação
Para garantir segurança, a OutField desenvolveu um sistema exclusivo de classificação de risco.
Ele avalia clubes, patrocinadores e canais de TV com sete categorias diferentes.
Com isso, a gestora consegue estruturar operações mais seguras e personalizadas.
Essa abordagem oferece vantagens principalmente para clubes menores, que antes enfrentavam custos altos e crédito limitado.
Gestora amplia atuação no futebol e mira novos fundos
Fundada em 2016, a OutField começou como consultoria e criou sua gestora em 2020.
Hoje, ela administra R$ 600 milhões, incluindo fundos de equity, disputas legais e recebíveis.
Um dos destaques é o fundo exclusivo para o São Paulo FC, que já antecipou contratos com a Globo e patrocínios com a Ademicon.
Além disso, a OutField prepara um novo fundo focado em disputas na câmara arbitral da FIFA.
Em suma, ela amplia sua presença no futebol e fortalece seu papel no financiamento das SAFs.
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