Vamos (VAMO3) vê lucro recuar 45,6% e soma R$ 107,8 mi

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A Vamos (VAMO3), especializada em aluguel de caminhões, máquinas e equipamentos, encerrou o primeiro trimestre de 2025 com lucro líquido consolidado de R$ 107,8 milhões — uma retração de 45,6% em relação ao mesmo período de 2024. Segundo a empresa, o principal fator por trás da queda foi o impacto do cenário de juros mais altos.

Este foi o segundo trimestre consecutivo em que os resultados da companhia não incluem os números do segmento de concessionárias, após sua cisão e a consequente criação da Automob (AMOB3) em dezembro de 2024.

Apesar do recuo no lucro líquido, o Ebitda consolidado da Vamos avançou. A companhia registrou R$ 886,7 milhões nesse indicador, alta de 10,1% frente ao primeiro trimestre do ano anterior, refletindo resiliência operacional mesmo em um ambiente econômico mais desafiador.

Crescimento sólido marca o 1TRI25 da Vamos (VAMO3)

No primeiro trimestre de 2025, a Vamos (VAMO3) registrou uma receita líquida consolidada de R$ 1,33 bilhão, representando um crescimento de 24% na comparação anual.

O avanço foi sustentado pelo bom desempenho em todos os segmentos da empresa, com destaque para o volume recorde de vendas de ativos de locação e o aumento consistente nas receitas de serviços.

Apesar da pressão exercida pelos juros elevados sobre o lucro líquido, a companhia vê o momento como positivo. O CEO Gustavo Couto classificou o período como “um trimestre de recordes”, destacando, em entrevista ao InfoMoney, que todos os negócios da empresa contribuíram para a alta da receita.

Entre os pontos fora da curva, ele citou o desempenho das vendas de veículos usados — tradicionalmente mais fraco nesta época do ano — como um dos fatores que surpreenderam positivamente.

Mesmo diante dos desafios macroeconômicos, a Vamos projeta uma continuidade no crescimento, com fundamentos sólidos e receita em expansão.

Vamos (VAMO3) porjeta Guidance otimista para 2025

A Vamos (VAMO3) traçou projeções ambiciosas para o ano de 2025, mesmo em um cenário marcado por juros elevados. A empresa estima um Ebitda de R$ 4 bilhões, capex de R$ 2 bilhões, e lucro líquido entre R$ 450 milhões e R$ 550 milhões.

A alavancagem, medida pela relação dívida líquida/Ebitda, deve recuar para entre 3,0x e 3,2x — um avanço em relação ao índice de 3,3x registrado no quarto trimestre de 2024. “Tudo isso em um cenário de aumento de taxa de juros”, reforça o CEO Gustavo Couto.

Entre os sinais de resiliência do negócio está a taxa de ocupação dos ativos, que subiu para 85%. O indicador, segundo a empresa, reflete o sucesso da estratégia de diversificação de portfólio.

Embora o agronegócio ainda represente 30% da operação, áreas como logística têm ampliado sua participação. “A demanda está saudável”, afirma Couto.

Outros destaques operacionais incluem a intensificação nas vendas de ativos usados, a redução dos estoques e a manutenção da alavancagem sob controle.

A empresa também celebra os efeitos positivos da cisão com a Automob — braço de concessionárias desmembrado em dezembro passado. Segundo Couto, a separação trouxe mais “agilidade, simplicidade e especificidade” para a operação da Vamos, valores considerados centrais para o grupo Simpar.

No campo comercial, a estratégia de expansão segue firme: a empresa já colocou em prática o plano de alugar R$ 1 bilhão em ativos pelo programa Sempre Novo, além de renovar contratos equivalentes a R$ 700 milhões com ativos já em operação pelos clientes.

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