Minério sustenta superávit da balança comercial brasileira no 1º tri

Foto: Minério / CanvaPro

A balança comercial do Brasil teve um apoio importante do setor de minério no primeiro trimestre de 2025. Entre janeiro e março, o saldo da balança mineral somou US$ 7,68 bilhões, o equivalente a 77% do superávit total no período, que foi de US$ 9,98 bilhões, segundo o Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração).

Somente as exportações minerais somaram o valor de US$ 9,3 bilhões, ao passo que as importações ficaram em US$ 1,6 bilhão nos três primeiros meses do ano.

O principal destino do minério brasileiro foi a China, respondendo por 68% das exportações do setor. Por outro lado, na linha de importações, os EUA lideraram com 20,8%, seguidos da Rússia (19,3%), Austrália (11,5%) e Canadá (9,3%), segundo a CNN Brasil.

O instituto ainda informou que o faturamento do setor de minério no trimestre foi de R$ 73,8 bilhões, o que equivale a uma alta de 8,6% na comparação anual. O minério de ferro respondeu por 53% desse total.

Paralelamente, houve geração de 2 mil novos empregos neste ano pelo setor de minério, com arrecadação de R$ 25,5 bilhões em impostos e tributos, um crescimento de cerca de 8%.

Para Raul Jungmann, diretor-presidente do Ibram, o desempenho do setor deve se manter estável em relação a 2024, mesmo diante das incertezas nos mercados globais.

A avaliação do diretor do Ibram é que as tarifas de importação aos EUA impostas por Donald Trump, não devem impactar significativamente as exportações brasileiras, já que o país norte-americano não é um dos principais compradores de minerais do Brasil.

IGP – 10 desacelera para 0,04% em março com desvalorização do minério de ferro 

O IGP – 10 (Índice Geral de Preços – 10) desacelerou o crescimento em março para 0,04%. O resultado foi puxado pelo recuo de matérias primas brutas como minério de ferro. Após avançar 0,87% em fevereiro, o resultado veio abaixo das expectativas do mercado. Os dados foram divulgados pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) nesta terça-feira (18).

Com esse resultado, o índice acumula alta de 1,44% no primeiro trimestre de 2025 e crescimento de 8,59% no acumulado de 12 meses. Em março do ano passado, o IGP-10 tinha caído 0,17% no mês e apresentava queda de 4,05% em 12 meses.

Segundo justificativa do economista da FGV, Matheus Dias, os preços ao produtor foram afetados pela incerteza causada pela guerra comercial. “. No âmbito do INCC, quase todos os grupos desaceleraram, com exceção de Materiais e Equipamentos, que registrou alta de 0,52%, impulsionada pelo aumento nos preços de Materiais para Instalação “, acrescentou.

No IPC ( Índice de preços ao consumidor), o grupo habitação pesou na alta, puxado pelas variações na taxa da eletricidade residencial e no aluguel.

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