Naia Capital e Criteria Holding se unem em banco de investimento

Foto: Bancos/CanvaPro

Com expectativa de movimentar cerca de R$ 1 bilhão em transações já em 2025, a Naia Capital e a Criteria Holding selaram união das suas atividades de banco de investimento.

À frente do negócio estarão Guilherme Monteiro e João Guilherme Faloppa, escolhidos como sócios pela Naia. Ambos têm experiência em negócios no universo da tecnologia.

A empresa foi fundada em 2018 por Victor Gomieri, ex-Invest Tech, e surgiu com o objetivo de trabalhar no acesso ao mercado de capitais para o segmento de “middle”, de companhias de médio porte, porém atraiu clientes de grande porte. 

A sociedade com a Criteria Holding tem outros cinco nomes na sociedade. 

Pelo lado da Criteria, o objetivo do negócio era servir com uma assessoria de investimentos em sua fundação, com R$ 15 bilhões. 

Neste ano, a empresa cedeu uma fatia para a XP Inc., deu os primeiros passos em emissões de dívida e com a chegada de João Pedro Maciel iniciou as operações de fusões e aquisições a partir de 2020, e depois com a entrada de Lutfala Wadhy, ex-Habitat. 

No acordo estabelecido para o banco de investimentos consta que os dois vão se tornar sócios da Naia enquanto a Criteria terá uma participação no capital da empresa, segundo o Valor.

A Naia criou o segmento de emissões de dívida no ano passado, bem como a área de consultoria para auxiliar na reestruturação de empresas, diz Gomieri. 

“Há um portfólio amplo para ajudar durante toda a jornada de crescimento e desenvolvimento de uma companhia”, afirmou.

O executivo fundador da Naia contou ainda que, em 2024, a butique de investimentos assessorou 12 transações de M&A, movimentando cerca de R$ 500 milhões. Neste ano, foram anunciadas mais três e uma oferta de dívida, com algo entre R$ 150 milhões e R$ 200 milhões.

Quando surgiu o negócio entre Naia e Criteria

As empresas vinham mantendo conversas há mais de um ano, percebendo uma complementaridade das duas equipes. O fundador da Naia citou a sinergia com a área de gestão de patrimônio da empresa parceira — isso por conta do público investidor para os ativos e pelo timing preciso de eventos de geração de liquidez no seu entorno.

“A Naia é uma plataforma muito forte para colocar produto. Com o time da Criteria, fica mais robusta, com maior poder de originação e de execução”, disse Victor Gomieri. 

“Ter essa esteira ajuda na jornada do empresário que chega ao ápice de vender um ativo e ter liquidez, esse capital vai para um ‘banker’ da Criteria, para gerir a fortuna, assim há uma oferta 360 [graus] para o cliente”, prosseguiu.

A previsão do executivo é que haja 50 mandados de M&A e cerca de 20 operações de dívidas ao longo de 2025, conforme as conversas encaminhadas.

Atualmente, a Criteria tinha fechado cinco operações, entre elas uma captação com uma gestora de private equity para uma empresa do setor de energia. Além disso, a empresa também montou um FIDC (fundo de investimentos em direitos creditórios) de consignado para um cliente da base, conforme citou João Pedro Maciel.

Gomieri diz que considera absorver outras butiques de investimentos, pensando numa atuação mais regional, pela importância de ter uma presença física e profissionais com bom trânsito em diferentes localidades.

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