
No intervalo dos três primeiros meses deste ano, a dívida global aumentou em cerca de US$ 7,5 trilhões, marcando um recorde superior a US$ 324 trilhões, segundo dados do IIF (Instituto de Finanças Internacionais) divulgados nesta terça-feira (6).
O Instituto afirmou em sua pesquisa que os piores contribuintes foram a China, a França e a Alemanha, ao passo que os níveis de passivos diminuíram no Canadá, nos Emirados Árabes Unidos e na Turquia.
“Embora a forte desvalorização do dólar em relação aos principais parceiros comerciais tenha contribuído para o aumento do valor da dívida em dólares, o aumento do primeiro trimestre foi mais do que o quádruplo do aumento médio trimestral de US$ 1,7 trilhão observado desde o final de 2022”, declarou o IIF em seu Monitor da Dívida Global.
Além disso, o Instituto mostrou que o índice global de dívida em relação ao produto seguiu com uma redução lenta no período analisado, ficando um pouco acima de 325%. Porém, entre os países emergentes, o índice atingiu um recorde de 245%.
Nesses mercados a dívida total cresceu mais de US$ 3,5 trilhões no primeiro trimestre de 2025, atingindo um recorde de mais de US$ 106 trilhões.
Somente a economia chinesa foi responsável por mais de US$ 2 trilhões desse aumento, conforme pontuou o IIF. No momento, o governo chinês tem uma dívida em relação ao PIB de 93% e a expectativa é que atinja 100% antes do final do ano.
Dívida pública do governo sobe para R$ 7,5 trilhões em março
A dívida pública federal (DPF) registrou um crescimento de 0,22% em março na comparação com fevereiro, chegando a R$ 7,51 trilhões em março. Em valores, foi um aumento foi de R$ 16,3 bilhões.
Os dados constam no Relatório Mensal da Dívida Pública divulgado nesta quarta-feira (30) pelo Tesouro Nacional. Na comparação anual, houve um avanço de 13,1% no período, visto que em março de 2024, a dívida pública estava em R$ 6,6 trilhões.
Paralelamente, a dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) também teve o estoque ampliado em 0,29% em março deste ano, subindo de R$ 7,177 trilhões para R$ 7,198 trilhões, uma variação de 0,29%.
O Tesouro Nacional informou que a variação de 0,29% se deu devido à apropriação positiva de juros, no valor de R$ 74,09 bilhões, neutralizado em parte pelo seu resgate líquido, no valor de R$ 52,99 bilhões.
Já o estoque apurado da dívida pública federal externa (DPFe) teve uma variação negativa de 1,53%, fechando o mês de março a R$ 309,54 bilhões. Desse total, R$ 256,52 bilhões são referentes à dívida mobiliária e R$ 53,03 bilhões são relativos à dívida contratual.
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