Nos últimos anos, fabricantes orientais estão construindo uma base sólida de usuários também no Ocidente. Porém, dados os conflitos geopolíticos recentes, Xiaomi, Oppo e outros grandes nomes chineses estudam lançar celulares sem Android.
Xiaomi, Oppo, Huawei e outros grandes nomes do segmento de tecnologia chinês poderiam estar planejando usar sistema operacional próprio, substituindo o Android. Os moldes podem ser similares aos adotados no HarmonyOS.
Em 2019, com o então bloqueio da Huawei ao ecossistema Google, foram desenvolvidas opções para mitigar os danos, e foi então acelerado o desenvolvimento do HarmonyOS e do Huawei Mobile Services (HMS), criando os seguintes apps:
- AppGallery (substituto da Play Store);
- HMS (alternativa aos serviços do Google);
- HarmonyOS (para reduzir dependência do Android).
Inicialmente, a gigante da tecnologia precisou superar resistência e obstáculos, mas conseguiu estabelecer um ecossistema funcional e focado especificamente para o mercado chinês, onde os serviços do Google contam com acesso limitado.
Atualmente presente em todos os dispositivos da Huawei, o HarmonyOS ostenta mais de 1 bilhão de usuários ativos e cerca de 20 mil aplicativos dedicados.
Por sua vez, quando o assunto é a Xiaomi, o HyperOS 3 foi criado tendo em mente uma transição gradual, com um sistema operacional (SO) que não é mais baseado no Android puro.

Leia mais
- Xiaomi lança ar-condicionado vertical que resfria ambiente mesmo que esteja 60 graus
- Snapdragon 8 Elite Gen 2 pode ser lançado em setembro, com novos aparelhos top de linha a caminho
- Xiaomi lança sua própria “Alexa” inteligente por menos de US$ 30
Em posicionamento ousado da Xiaomi, Oppo e outras, empresas chinesas estudam lançar celulares sem Android
Entre as investidas adotadas no SO mais recente da Xiaomi, destacam-se os seguintes tópicos:
- Fortalecer seu ecossistema próprio (MIUI, serviços de nuvem, assistente virtual);
- Reduzir dependência do Google progressivamente;
- Oferecer variações regionais (com diferentes níveis de integração);
- Incentivar desenvolvedores a migrarem para sua loja de aplicativos.
A colaboração entre grandes nomes do segmento, como Xiaomi, BBK (OPPO/Vivo/OnePlus) e Huawei, tem o objetivo de criar um polo tecnológico com influência considerável no mercado global.
Uma parceria entre os grandes nomes mencionados teria várias vantagens, como:
- Dividir custos de desenvolvimento do sistema operacional;
- Criar um ecossistema de apps mais atrativo;
- Aumentar poder de negociação com parceiros globais;
- Proteger-se de futuras sanções comerciais dos EUA.
De toda forma, apesar dos planos serem sólidos, abandonar o Android seria uma iniciativa extremamente ousada. Parte do sucesso desses dispositivos no Ocidente é devido ao hardware competente desses smartphones unidos com softwares comuns no nosso país.
Uma mudança total de sistema operacional, ainda mais para um modelo que não é comum por aqui, poderia afastar usuários atuais e futuros consumidores, levando essas pessoas para marcas com forte atuação nesta região, como a sul-coreana Samsung.
Não se sabe se essas companhias adotariam o já estruturado HarmonyOS ou se procurariam criar opções próprias, como a Xiaomi parece estar planejando fazer.
Resta aguardar para observarmos o desenrolar desta situação. E você? O que achou desta iniciativa? Continuaria usando um smartphone chinês mesmo sem o Android? Compartilhe o seu ponto de vista e continue acompanhando o Mundo Conectado!
Fonte: neowin | xiaomitime

cidade do futuro
China ataca de novo! Internet do futuro 10G e 50G vem aí