Azul (AZUL4): ação despenca 55% em abril e preocupa 

Foto: Divulgação

A ação Azul (AZUL4) registrou uma das maiores quedas do Ibovespa em abril. 

A desvalorização de 55,32% ligou o alerta de investidores e analistas. 

O resultado negativo ocorreu principalmente após uma oferta primária considerada frustrada. 

Com isso, a percepção de risco sobre a companhia aérea aumentou significativamente.

Azul sofre com oferta de ações abaixo do esperado

A companhia aérea Azul realizou uma oferta de ações em abril. O objetivo era captar entre R$ 1,6 bilhão e R$ 4,1 bilhões. 

No entanto, a empresa conseguiu apenas o valor mínimo, o que decepcionou o mercado. 

A arrecadação serviu para dar continuidade ao plano de reestruturação da dívida, mas não convenceu investidores quanto à sua eficácia.

Além disso, a baixa procura pela emissão mostrou o desinteresse do mercado em relação ao papel. 

Isso pressionou ainda mais as ações da empresa, que já enfrentavam um ambiente desafiador.

Empresa enfrenta desafios operacionais e alta alavancagem

A Azul terminou 2024 com uma dívida líquida de R$ 29,6 bilhões. 

Mesmo após o aumento de capital, a redução na alavancagem deve ser pequena. 

A Rico Investimentos estima que a relação dívida líquida/Ebitda cairá apenas 0,4 vez. 

Ainda assim, a companhia precisa melhorar sua estrutura de capital.

A diluição dos acionistas também preocupou. 

A emissão de novas ações, somada à conversão de títulos e incentivos como os warrants, levou a uma diluição de 61%.

Análises mostram cautela no curto prazo

Sete de oito casas de análise recomendam manter as ações Azul. Apenas uma sugere venda. 

O JPMorgan retirou o preço-alvo de R$ 9,50, mantendo avaliação neutra. 

A Rico e a XP seguem com a mesma recomendação.

Por outro lado, o Bradesco BBI mantém visão mais otimista. 

A corretora vê potencial de valorização e indica compra, com preço-alvo de R$ 5 por ação.

Nova captação dá fôlego limitado à Azul

No fim de abril, a Azul anunciou um novo financiamento de R$ 600 milhões. 

O valor veio de credores já envolvidos com a empresa. 

A companhia tenta se manter operando e cumprir os compromissos financeiros. 

Mesmo assim, o mercado ainda vê risco elevado no papel.

Novas estratégias para recuperar confiança

A Azul continua sua reestruturação. No entanto, os resultados recentes indicam que os desafios permanecem. 

empresa pode precisar de apoio externo ou até governamental para atravessar este período. 

Enquanto isso, o mercado aguarda novas medidas mais robustas para garantir a estabilidade da companhia.

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