Apple emite alerta de spyware para usuários de iPhone em 100 países

A Apple emitiu alerta de segurança relacionados a spyware para usuários de iPhone em 100 países, segundo relatos de jornalistas e influenciadores que receberam a notificação. A mensagem enviada sugere que os alvos desses ataques são escolhidos de forma específica e estratégica, elevando o alerta sobre ameaças digitais altamente sofisticadas.

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Thom Bradley/Unsplash

Apple, spyware e vigilância direcionada

No comunicado recebido pelos usuários, a Apple afirma ter identificado um ataque de spyware mercenário direcionado a determinados dispositivos. A mensagem destaca que a ameaça provavelmente está sendo feita “por causa de quem você é e do que você faz”. Embora a empresa reconheça que não é possível garantir com 100% de certeza a origem da ofensiva, ela afirma ter “alta confiança” na legitimidade do aviso.

Os ataques, segundo a Apple, são difíceis de detectar devido ao alto custo, à natureza temporária dos softwares espiões e à complexidade técnica envolvida. Um dos exemplos citados como referência desse tipo de ameaça é o Pegasus, ferramenta desenvolvida pela empresa israelense NSO Group, frequentemente associada a espionagem contra jornalistas, ativistas e figuras políticas.

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Casos públicos e possível intimidação

Entre os nomes que tornaram públicas as notificações recebidas estão o jornalista italiano Ciro Pellegrino, do site Fanpage, e a comentarista política holandesa Eva Vlaardingerbroek. Em publicações nas redes sociais, Eva compartilhou imagens e vídeos da suposta notificação da Apple, além de afirmar que o ataque poderia ter como objetivo intimidá-la ou silenciá-la.

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Este ataque provavelmente está direcionado a você por causa de quem você é e do que você faz. Embora nunca seja possível garantir com absoluta certeza, a Apple tem alta confiança neste aviso — leve isso a sério”, dizia o alerta, segundo captura compartilhada pela influenciadora.

Como funciona o sistema de alerta da Apple

De acordo com as diretrizes de segurança da própria Apple, os alertas desse tipo são exibidos em três locais diferentes:

  • No topo da página ao acessar a conta Apple;
  • Via e-mail;
  • Via iMessage, utilizando os contatos associados à conta.

A Apple reforça que a grande maioria dos usuários nunca será alvo desse tipo de ataque, justamente porque os sistemas de spyware mercenário envolvem custos milionários e são usados de forma extremamente seletiva.

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Ataques anteriores e padrão recorrente

Não é a primeira vez que a Apple emite esse tipo de aviso. Em 2023, usuários de iPhone em até 92 países receberam notificações semelhantes. Desde 2021, indivíduos em mais de 150 países já foram alertados sobre ameaças dessa natureza, segundo a própria Apple. No entanto, a empresa não divulga quantos usuários são afetados, tampouco a origem exata dos ataques.

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O padrão de não divulgar detalhes técnicos faz parte da estratégia da Apple para evitar que os atacantes adaptem seus métodos e também para proteger as investigações em andamento.

O que fazer ao receber uma notificação

A Apple recomenda que qualquer usuário que receba esse tipo de alerta busque apoio especializado e evite interações com links suspeitos. Entre as medidas sugeridas estão:

  • Atualizar o iOS para a versão mais recente;
  • Ativar a autenticação de dois fatores;
  • Evitar usar redes Wi-Fi públicas sem proteção;
  • Usar senhas fortes e exclusivas em suas contas.

Para os usuários sob risco elevado, a empresa sugere a ativação do Modo Isolado (Lockdown Mode), um recurso do iOS projetado para reforçar a segurança em situações de risco extremo, limitando certas funcionalidades para impedir brechas.

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Um cenário global e crescente

A escala global desses alertas mostra que as ameaças de vigilância digital ultrapassam fronteiras e não são mais restritas a contextos governamentais ou militares. Com ferramentas sofisticadas e alvos bem definidos, ataques de spyware mercenário têm se tornado um problema real para profissionais da imprensa, ativistas de direitos humanos e personalidades públicas ao redor do mundo.

Apesar de a Apple não divulgar os países específicos envolvidos nesta nova rodada de alertas, a crescente frequência desses episódios revela um cenário de segurança digital em constante tensão, em que até mesmo grandes empresas de tecnologia enfrentam dificuldades para acompanhar o nível de sofisticação das ameaças.

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Fonte: TechCrunch

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