A Argentina acabou de reduzir o preço da gasolina, e o Paraguai iniciou a contagem regressiva para a promoção de produtos importados em Ciudad del Este, a segunda maior do ano. São duas ações quase síncronas, mas sem relação, porém que demonstram a dinâmica integrada da região trinacional.
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Adicione-se Foz do Iguaçu, o destino de compras e serviços dos vizinhos fronteiriços, bem como de passeios e turismo. E os supermercados e centros comerciais, a exemplo da Vila Portes, além da central de abastecimento, a Ceasa, fornecem produtos alimentícios e outros para a revenda nos territórios argentino e paraguaio.
Os postos em Puerto Iguazú, neste mês de maio, acionaram as bombas com 4% de redução do custo do combustível da bandeira YPF. É uma opção para quem busca, por exemplo, gasolina “mais pura”, com menos etanol, com a devida advertência técnica em relação à octanagem, a ser observada segundo o fabricante de cada veículo e marca.
Quem vai abastecer também aproveita o que a Argentina tem para oferecer, como restaurantes, cafés, atrativos turísticos ou um convidativo e tranquilo passeio pelo centro de Iguazú, em que ressoam sotaques que vão dos moradores aos turistas de várias partes do mundo. Nem é necessário mencionar a Feirinha, já no coração de quem cruza o Rio Iguaçu.
Mudando de fronteira, Ciudad del Este conta os dias para a Crazy Week 2025, que será de 8 a 11 de maio, considerada a “Black Friday” do primeiro semestre no Paraguai. Os descontos serão de até 70% para importados, em itens que vão de eletrônicos a bebidas, de cosméticos e perfumes a roupas e utensílios para casa.
A Crazy Week é opção para compra do Dias das Mães e de turismo na região trinacional. Quem vem para a promoção gasta no comércio, nos hotéis, em bares e restaurantes e nos atrativos de Ciudad del Este, Foz do Iguaçu e Puerto Iguazú. É recurso que fomenta emprego e renda.
A região fronteiriça, aliás, vem de um feriadão de abril que superou todas as expectativas. Principal termômetro oficial da visitação turística, o Parque Nacional do Iguaçu, somente no lado brasileiro, recebeu 48.546 visitantes, e Foz do Iguaçu chegou a quase 100% de ocupação hoteleira, indicador similar ao de Puerto Iguazú no período.
Se as potencialidades da fronteira são dinâmicas e fluidas, o poder público patina, em que uma ponte internacional já concluída, porém sem uso, é o retrato mais bem-acabado desse descaso. Enquanto isso, cidades, moradores e turistas pagam o preço da mobilidade insuficiente, clamando por procedimentos ágeis e desburocratizados, bem como pela implantação e término de obras para sanar gargalos que hoje afastam, não aproximam, as Três Fronteiras.
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