Joia e chocolate lideram ‘inflação do Dia das Mães’, veja lista do que está mais caro

De acordo com previsão da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o volume de vendas do comércio varejista voltado para o Dia das Mães deverá atingir R$ 14,37 bilhões em 2025.

Confirmada essa expectativa, o setor apresentaria avanço de 1,9% em relação à movimentação financeira real observada no ano passado. Por conta da magnitude e da variedade de segmentos impactados por essa data comemorativa, o Dia das Mães é considerado o Natal do primeiro semestre pelo varejo brasileiro.

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Produtos da típicos da época estão mais caros?

Com a aceleração da inflação parcialmente provocada pela desvalorização cambial de mais de 10%, observada ao longo dos últimos meses, tende a se refletir, também, na cesta de consumo típica da data. Esse grupo de itens deve apresentar uma alta aproximada de 5,8% neste ano. No ano passado, o mesmo conjunto de itens registrou um aumento de 2,5%.

Dentre os itens que mais subiram de preços, joias (+33,7%), chocolates (+21,5%) e perfumes (+9,8%) lideram a lista. Por outro lado, fogões (-2,8%) e refrigeradores (-1%) tendem a registrar preços inferiores ao mesmo período do ano passado.

Veja a evolução dos preços dos bens e serviços mais consumidos no Dia das Mães

Setores com maior demanda

O ramo de vestuário, calçados e acessórios costuma responder pela maior fatia das vendas e neste ano não será diferente, com previsão de faturamento de R$ 5,63 bilhões, com avanço projetado de 6,2% em relação ao volume observado no ano passado.

Em seguida, farmácias, perfumarias e lojas de cosméticos (R$ 3,02 bilhões) e estabelecimentos especializados na venda de utilidades domésticas e eletroeletrônicos (R$ 1,85 bilhão) também devem responder por parcelas significativas das vendas.

Encarecimento do crédito justifica menor número de vendas

O crescimento menos significativo do volume de vendas voltadas para a segunda data comemorativa mais importante do varejo pode ser atribuído especialmente ao encarecimento do crédito. Atualmente, a taxa média de juros das operações com recursos livres destinados às pessoas físicas (56,3% ao ano) se encontra no maior patamar desde agosto de 2023 (56,5 % ao ano), de acordo com o Banco Central.

Ainda segundo a autoridade monetária, o comprometimento da renda com dívidas tem acusado tendência de crescimento, comprometendo 30,6% do orçamento médio das famílias – maior patamar em quase dois anos.

Não por acaso, segmentos, que apesar de afetados positivamente pela demanda sazonal decorrente dessa data comemorativa, porém historicamente dependentes das condições de crédito, deverão experimentar retrações nas vendas em relação ao ano passado, como:

  • Móveis e eletrodomésticos (4,4%)
  • Utilidades domésticas (-6,0%)
  • informática e comunicação (-2,9%).

Crescimento nas vagas temporárias

Com expectativas de ampliação real das vendas, a contratação de trabalhadores temporários para atender à demanda sazonal neste ano deverá ser maior (29,73 mil) do que no ano passado (28,36 mil vagas). Assim como na movimentação financeira, os Estados de São Paulo (8,6 mil), Minas Gerais (3,3 mil) e Rio de Janeiro (2,3 mil) devem ser os maiores demandantes por trabalhadores temporários.

Ainda segundo o relatório, cerca de 5,9 mil temporários (20% do total) devem ser efetivados após a data – taxa inferior à do ano passado quando 29% dos temporários foram efetivados. Além da expectativa de crescimento menor das vendas ao longo de 2025, o ritmo de efetivação de trabalhadores tem, naturalmente, diminuído com as reposições de vagas ocorridas após o arrefecimento da crise sanitária de 2020.

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