A Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) recebeu um pedido da Novo Nordisk para comercialização de uma versão oral de seu medicamento para perda de peso Wegovy, e decidirá sobre a solicitação no quarto trimestre, informou a farmacêutica dinamarquesa nesta sexta-feira.
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Se aprovada, a versão experimental do medicamento, de uso diário, será o primeiro remédio oral do tipo GLP-1 para controle crônico de peso.
As ações da Novo listadas nos EUA subiam 5,72%, a US$69,36, após a divulgação da notícia.
O medicamento oral do tipo GLP-1 da Novo Nordisk, Rybelsus, que também tem o mesmo ingrediente ativo, a semaglutida, já foi aprovado para o controle de açúcar no sangue em adultos com diabetes.
A Novo, a Eli Lilly e vários desenvolvedores de medicamentos estão correndo para oferecer comprimidos orais para perda de peso como um tratamento fácil, em um mercado que atualmente é marcado por injeções, incentivados por estimativas de que as vendas de tratamentos para obesidade podem chegar a US$150 bilhões nos próximos anos.
No mês passado, a Lilly informou que seu comprimido experimental, o Orforglipron, ajudou pacientes com diabetes tipo 2 a perder cerca de 7 quilos, ou quase 8% de seu peso corporal, durante 40 semanas.
A empresa divulgará os dados de outro estudo sobre o remédio para controle de peso no final do ano. Ela planeja solicitar a aprovação de órgãos reguladores globais para perda de peso até o final deste ano, e para diabetes no próximo ano.
A tirzepatida injetável da Lilly é vendida sob os nomes comerciais de Mounjaro para diabetes e Zepbound para perda de peso.
Novo Nordisk sofre pressão
O pedido da Novo baseia-se nos resultados de um estudo de estágio final, que estudou a dose de 25 miligramas de semaglutida oral em comparação com placebo em 307 adultos com obesidade com uma ou mais comorbidades.
A empresa também está estudando a pílula para perda de peso Amycretin, que tem como alvo o mesmo hormônio intestinal que o Wegovy imita, conhecido como GLP-1, mas também um hormônio do pâncreas chamado amilina, que afeta a fome. A empresa também está testando uma versão subcutânea do medicamento.
A Novo Nordisk tem sofrido pressão, uma vez que os investidores se preocuparam com a crescente concorrência da Lilly, bem como com os dados decepcionantes de seu candidato a perda de peso de próxima geração, o CagriSema, que a empresa espera que seja um poderoso sucessor do Wegovy.
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