
A Meta Platforms, dona do Facebook, superou as expectativas do mercado no primeiro trimestre de 2025. A companhia registrou lucro por ação de US$ 6,43, superando em 22% a estimativa de US$ 5,28. A receita totalizou US$ 42,31 bilhões, acima do consenso de US$ 41,40 bilhões, com avanço de 16% sobre o mesmo período de 2024. O lucro líquido atingiu US$ 16,64 bilhões, um salto de 35% na base anual.
A publicidade, principal motor da empresa, gerou US$ 41,39 bilhões em receita, acima das projeções de US$ 40,44 bilhões. O número de impressões de anúncios cresceu 5%, enquanto o preço médio por anúncio aumentou 10%.
Para o segundo trimestre, a Meta projeta receita entre US$ 42,5 bilhões e US$ 45,5 bilhões, com ponto médio levemente acima da estimativa de US$ 44,03 bilhões de Wall Street. As despesas anuais foram revistas para um intervalo entre US$ 113 bilhões e US$ 118 bilhões, abaixo da faixa anterior, que chegava a US$ 119 bilhões.
No entanto, o guidance de investimentos de capital para 2025 foi elevado, passando de US$ 60 a US$ 65 bilhões para US$ 64 a US$ 72 bilhões. A empresa tem acelerado os investimentos em infraestrutura e data centers para consolidar sua atuação em inteligência artificial.
Meta Platforms: 1TRI25
A unidade Reality Labs, responsável por projetos de realidade aumentada e virtual, teve prejuízo de US$ 4,2 bilhões, menor que os US$ 4,6 bilhões esperados. A receita do segmento caiu 6%, para US$ 412 milhões, abaixo dos US$ 492,7 milhões previstos, indicando menor tração nos dispositivos de realidade imersiva.
A base diária de usuários ativos nos aplicativos da Meta chegou a 3,43 bilhões, superando os 3,39 bilhões esperados. O Threads, plataforma concorrente do X (ex-Twitter), atingiu 350 milhões de usuários mensais, enquanto o Meta AI já soma quase 1 bilhão de usuários mensais, avanço expressivo em relação aos 700 milhões registrados em janeiro.
Do lado geográfico, a China representou 11% da receita da Meta em 2024, enquanto a Europa respondeu por 23%. O modelo de assinatura sem anúncios, adotado pela Meta, está sendo questionado pela Comissão Europeia, o que pode comprometer a operação da empresa no continente já a partir do terceiro trimestre.
As tensões comerciais entre Estados Unidos e China também geram incertezas. Varejistas chinesas como Temu e Shein, grandes anunciantes da Meta, têm reduzido seus investimentos em publicidade diante de tarifas de importação impostas pela nova política comercial do ex-presidente Donald Trump.
(Com Agências Internacionais).
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