China analisa proposta dos EUA para retomar negociações

Em comunicado publicado nesta sexta-feira (2), o Ministério do Comércio da China informou que está examinando uma proposta dos EUA para retomar o diálogo sobre as disputas tarifárias que compõem a guerra comercial entre os dois países.

Segundo o texto, “recentemente, os EUA tomaram a iniciativa de transmitir informações à China por meio de canais apropriados, expressando o desejo de iniciar conversas”. O governo chinês declarou que “a China está atualmente avaliando essa proposta”.

O ministério destacou que, para que qualquer avanço ocorra, Washington precisa “demonstrar sinceridade”, o que implica em uma disposição concreta para “corrigir suas práticas equivocadas e cancelar as tarifas unilaterais”.

Ainda segundo o comunicado, a manutenção de tarifas consideradas injustas minaria qualquer tentativa de negociação autêntica.

“Em qualquer diálogo ou possível conversa, se os EUA não corrigirem suas medidas tarifárias equivocadas e unilaterais, isso simplesmente indicará que não são sinceros e prejudicará ainda mais a confiança mútua entre as partes.”

O órgão chinês também criticou duramente qualquer estratégia de pressão por parte dos EUA, afirmando que “tentar usar conversas como pretexto para coação e extorsão não funcionaria”.

Intensificação da guerra comercial entre EUA e China

Desde o anúncio das tarifas feitas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em 2 de abril, as duas maiores economias globais têm se enfrentado em um confronto tarifário crescente, afetando mais de 180 países e regiões ao redor do mundo.

Naquele mês, Trump impôs uma tarifa de 34% sobre produtos chineses, com a intenção de pressionar Pequim a negociar. Em resposta, a China retaliou com taxas igualmente altas sobre os bens norte-americanos importados.

O conflito se intensificou nas últimas semanas, quando os Estados Unidos aumentaram a tarifa para 145% sobre produtos chineses, e a China reagiu com uma tarifa de 125% sobre os produtos dos EUA. Recentemente, Trump tem afirmado que autoridades chinesas têm buscado estabelecer diálogos, destacando que existem “muitas boas chances” de um acordo.

Contudo, Pequim negou as alegações de negociações em curso e pediu que os EUA conduzam os diálogos de maneira “justa, respeitosa e recíproca”. Além disso, o governo chinês reiterou sua disposição para continuar a luta na guerra comercial, caso seja necessário.

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