O PMI (Índice de Gerentes de Compras) oficial da China caiu para 49,0 em abril, contra 50,5 em março, de acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas.
Com o resultado, a atividade industrial da China sofreu o recuo mais rápido em 16 meses, segundo uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (30), o que segue pressionando o governo por mais estímulos econômicos.
Esta se consagrou como a leitura mais baixa desde dezembro de 2023, inferior também à expectativa de 49,8 em uma pesquisa da Reuters.
Enquanto isso, o PMI não manufatureiro da China, indicador que inclui serviços e construção, sofreu uma queda de 50,8 para 50,4 no período, mas segue acima da marca de 50 que separa crescimento de contração.
Em meio à guerra comercial com os EUA, o pacote de tarifas imposto pelo presidente norte-americano Donald Trump, interrompeu dois meses de recuperação da atividade industrial chinesa.
A leitura vai de encontro à convicção das autoridades chinesas de que o país asiático está bem posicionado para absorver o choque comercial dos EUA e sugere que uma demanda doméstica fraca.
China aprova lei para fortalecer setor privado
O governo chinês aprovou nesta quarta-feira (30) uma nova lei para aumentar a confiança do setor privado no país. A chamada Lei de Promoção da Economia Privada visa implementar um sistema de acesso ao mercado nacional onde todos os tipos de entidades econômicas poderão entrar em pé de igualdade.
A legislação entrará em vigor a partir de 20 de maio. Segundo a agência estatal de notícias Xinhua, garantiu que a medida impulsiona o crescimento da economia privada e dos empreendedores privados. A medida foi divulgada em meio ao aumento de tensões comerciais com os EUA.
O setor privado é “uma força vital para o avanço da modernização no estilo chinês, uma base fundamental para o desenvolvimento de alta qualidade e uma força importante para transformar a China em uma potência socialista moderna e realizar o grande rejuvenescimento da nação chinesa”, diz a lei, segundo a Xinhua.
A decisão sinaliza uma mudança na abordagem de Pequim em relação aos seus gigantes da tecnologia e um afastamento de uma repressão regulatória de quatro anos atrás.
Em fevereiro, o presidente chinês, Xi Jinping, realizou uma rara reunião com alguns dos maiores nomes do setor de tecnologia da China, incluindo o fundador do Alibaba, Jack Ma, instando-os a “mostrar seu talento” e a confiar no poder do modelo e do mercado da China.
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