A guerra tarifária provocada pelos Estados Unidos reduzirá para 2% o crescimento da América Latina este ano, projetou a Cepal nesta terça-feira (29).
Segundo nota da Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), a região enfrenta “um cenário internacional muito complexo e de muita incerteza” após o anúncio do ‘tarifaço’ feito no início do mês pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Em dezembro, antes do retorno de Trump à Casa Branca, a Cepal tinha previsto uma expansão regional de 2,4% para 2025.
Mas, a comissão ajustou suas estimativas “para baixo”, após o cenário aberto em 2 de abril, quando Trump anunciou tarifas alfandegárias recíprocas, que acabaram resultando em uma taxa universal de 10% para a maioria dos países latino-americanos, segundo o organismo técnico das Nações Unidas.
A China levou a pior e Pequim reagiu com tarifas sobre os produtos americanos.
Segundo a Cepal, a região será diretamente impactada em seu comércio com os Estados Unidos, que juntamente com a China, são seus principais parceiros comerciais.
A maior volatilidade dos mercados financeiros, a desaceleração da demanda externa, a instabilidade cambiária, um menor dinamismo da demanda interna e dos investimentos também vão afetar a região, segundo a Cepal.
Por sua dependência maior dos Estados Unidos, o Caribe, a América Central e o México serão os mais afetados.
Em um cenário em que a maioria das estimativas para este ano é reduzida, a Argentina é o único país que registra um aumento (+0,7%), alcançando uma expansão estimada do PIB de 5% no segundo ano do governo do libertário Javier Milei.
O Brasil, a maior economia da região, crescerá 2%.
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