
As ações da Coca-Cola (COCA34) avançaram 1% após a companhia divulgar lucro acima do esperado e reafirmar sua projeção anual, mesmo diante das incertezas macroeconômicas e dos efeitos das tarifas sobre importações, que classificou como “gerenciáveis”.
Diferentemente da rival PepsiCo — que reduziu sua projeção de lucro anual na semana passada citando o efeito das tarifas e a volatilidade econômica —, a Coca-Cola manteve sua estimativa para 2025. Segundo a Exame, a companhia projeta um crescimento de 5% a 6% na receita orgânica e avanço de 2% a 3% no lucro por ação comparável.
A empresa destacou que suas operações são “majoritariamente locais”, o que ajuda a mitigar impactos externos — embora reconheça que custos de insumos, como o alumínio, podem ser pressionados pelas tensões comerciais agravadas pelas tarifas impostas pela Casa Branca.
Receita da Coca-Cola (COCA34) cai 2% no 1T25
A receita líquida da Coca-Cola somou US$ 11,13 bilhões no primeiro trimestre de 2025, correspondendo a uma queda de 2%, pressionada por efeitos cambiais e pela reestruturação das operações de engarrafamento. O valor ficou ligeiramente abaixo da projeção de US$ 11,16 bilhões.
Já o lucro ajustado por ação ficou em US$ 0,73 no trimestre, superando levemente os US$ 0,72 esperados por analistas consultados pela FactSet.
A receita orgânica da companhia — que exclui variações cambiais, aquisições e desinvestimentos — avançou 6% no período, impulsionada por aumentos de preços. O volume de vendas em unidades teve alta de 2%, com destaque para os mercados da Índia, China e Brasil.
Entre os destaques por categoria, o refrigerante Coca-Cola Zero registrou avanço de 14% no volume, enquanto o portfólio de sucos, laticínios e bebidas vegetais subiu 1%. A divisão de águas, cafés, chás e bebidas esportivas também cresceu 2%, puxada pela demanda por água. Já os segmentos de café e isotônicos recuaram, e o de chás ficou estável.
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