Municípios da região pleiteiam inclusão no percurso da Estrada Real

Municípios da Zona da Mata e do Sul de Minas tentam inclusão no percurso da Estrada Real

Representantes dos municípios de Santa Rita do Jacutinga, Rio Preto, Santa Bárbara do Monte Verde e Bom Jardim de Minas demandam a inclusão das cidades na rota da Estrada Real, a maior rota turística do país. Com mais de 1.630 quilômetros de extensão, o trajeto passa por Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. 

Os representantes dos municípios, que pleiteiam a inclusão na rota, participaram de uma audiência pública realizada pela Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nessa segunda-feira (28).

Conhecida como Vale Proibido, a região teve os caminhos intensamente fiscalizados pela Coroa Portuguesa, com a finalidade de evitar a passagem ilegal de ouro, diamantes e outras mercadorias durante o período colonial. Ali também está localizada a Fazenda Santa Clara, patrimônio tombado localizado entre os municípios de Rio Preto e Santa Rita do Jacutinga. Segundo o proprietário, José Mendes Honório Júnior, a fazenda segue íntegra, tal qual os registros do início do século passado. 

O prefeito de Rio Preto, Antônio Márcio Vieira também se manifestou. Para ele, a Fazenda Santa Clara “faz parte da história do Brasil, ela precisa ser preservada. Aqui é um pedido de socorro”. Além disso, o prefeito também citou parques existentes nos municípios que pedem a inclusão.

Para o gestor de projetos culturais, Anibal Henrique Macedo, o processo seria um resgate cultural da história que precisa do da Casa. Anibal também afirmou que ao garantir a capacidade da rede hoteleira regional, é necessário valorizar economicamente o local.

Segundo a conselheira do Instituto Estrada Real, Maria Elizabeth Ribeiro, secretários municipais com perfil técnico podem trabalhar para incentivar o turismo. Ela citou exemplos de iniciativas que não dependeram do Executivo estadual para serem realizadas. Para ela, dinheiro “vem através de bons projetos pelas Leis Rouanet e Paulo Gustavo”, frisou.

Já o prefeito de Santa Rita do Jacutinga, Luiz Fernando Osório, mesmo concordando com a fala da conselheira, ponderou: “o mínimo de infraestrutura nós temos que ter para buscar parcerias público-privadas”. De acordo com ele, os projetos já estão sendo desenvolvidos no nível municipal, mas ainda precisam do apoio no âmbito estadual.

Já Anibal Macedo explicou que a Lei Paulo Gustavo teve apenas uma edição e que a outra fonte de financiamento federal, a Lei Aldir Blanc, repassa poucos recursos para municípios pequenos e que, por isso, a importância da atenção do governo estadual. 

Para a diretora de Produtos Turísticos da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), Emanuelle Aparecida de Oliveira, o necessário é focar a demanda pelo turismo imersivo, de experiência. 

Visita técnica

O autor do requerimento para a realização da audiência, deputado Cleiton (PV), lembrou que o primeiro pé de café cultivado em Minas Gerais foi plantado no Vale Proibido. Segundo ele, foi em Santa Bárbara do Monte Verde, que foi concedido o título de viscondessa à primeira e única mulher, Maria Teresa de Sousa Fortes.

Além disso, Cleiton também afirmou que esse era um caminho que Tiradentes gostava de percorrer. Registrando que a riqueza botânica e as belezas da fauna e da flora regional foram exaltadas em diferentes obras literárias. O deputado também anunciou que vai requerer uma visita técnica da Comissão ao Vale.

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