
Já não é de hoje que a fabricação de iPhones nos Estados Unidos é cogitada como alternativa comercial para a Apple, principalmente em meio ao atual caos do tarifaço de Trump. Um novo relatório publicado pelo Financial Times explica, mais uma vez, porque a possibilidade não passa de uma ideia irreal.
A análise apontou que cada iPhone conta com surpreendentes 2.700 componentes, provenientes de 187 fornecedores em 28 países. Essas peças, que não podem ser reconhecidas separadamente a olho nu nem em uma desmontagem, vêm de mais de 700 unidades de produção, com apenas 30 operando inteiramente fora da China.
As peças são formadas por diversos componentes separados, que devem estar o mais próximo possível uns dos outros e do local de montagem final dos iPhones, a fim de baratear e agilizar o processo de produção. Isso significa que transportar cada um dessas peças para uma cadeia de produção nos EUA é praticamente impossível.
A cadeia de produção da Apple na China levou décadas para ser construída e possibilita a fabricação de iPhones em massa e, mesmo que alguns componentes dos dispositivos sejam, de fato, produzidos nos EUA (como o vidro do display e os lasers do Face ID), transferir tudo para o país levaria o mesmo tempo e uma complexa logística.
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Além disso, a questão técnica da fabricação enfrentaria problemas. Máquinas de tipos e quantidades extremamente específicos — como as de controle numérico computadorizado (CNC) de alta precisão que cortam a estrutura de alumínio dos dispositivos — além da expertise para operá-las atualmente só existem na China. Diversos minerais de terras raras também são utilizados na fabricação dos iPhones também são provenientes da China, e enfrentariam alto frete e tarifas caso precisassem ser exportados para os EUA.
A mão de obra necessária para produzir os dispositivos também é muito mais barata fora dos EUA: o salário mínimo na China gira em torno de US$214 por mês, enquanto nos EUA é, em média, US$3.500. Mesmo considerando a hipótese de construir fábricas automatizadas nos EUA, que não gerariam praticamente nenhum emprego, o custo de pagar mais barato por trabalhadores em outros países ainda seria menor.
Tudo isso, é claro, sem contar que os trabalhadores dessas megafábricas de montagem devem aceitar um regime de trabalho muito diferente do conhecido pelos americanos, com leis e escalas trabalhistas abusivas e exaustivas. De acordo com o ZDNET, essa é a escala de montagem necessária para manter o iPhone no seu preço atual, e quaisquer mudanças, ajustes ou alterações neste sistema aumentariam os preços instantaneamente.
Por fim, a transferência da fabricação para os EUA não faria sentido político, já que demoraria mais tempo para ser finalizada do que o próprio governo de Trump, que deixará o posto em menos de quatro anos. Considerando que o sistema político do país é incerto e pode mudar por completo em pouco tempo, o alto investimento da Maçã não valeria a pena a longo prazo.
iPhones 16 Pro e 16 Pro Max
de Apple
Preço à vista: a partir de R$9.449,10
Preço parcelado: a partir de R$10.499,00 em até 12x
Cores: Titânio-deserto, Titânio natural, Titânio branco ou Titânio preto
Capacidades: 128GB, 256GB, 512GB ou 1TB
iPhones 16 e 16 Plus
de Apple
Preço à vista: a partir de R$7.019,10
Preço parcelado: a partir de R$7.799,00 em até 12x
Cores: ultramarino, verde-acinzentado, rosa, branco ou preto
Capacidades: 128GB, 256GB ou 512GB
iPhone 16e
de Apple
Preço à vista: a partir de R$5.219,10
Preço parcelado: a partir de R$5.799,00 em até 12x
Cor: branco ou preto
Capacidade: 128GB, 256GB ou 512GB
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