Renan Filho aponta causas do fracasso no leilão de ponte Brasil-Argentina e diz buscar ajustes

O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou nesta segunda-feira, 28, que o governo ainda está em busca de ajustes para viabilizar uma nova tentativa de leilão da ponte binacional São Borja-Santo Tomé, que liga o Brasil à Argentina. A jornalistas, o ministro falou sobre as razões que teriam levado ao fracasso do leilão, realizado no início do mês.

“É um leilão binacional. Ele é diferente porque a Argentina impede a empresa vencedora de remeter lucro para o exterior, o que restringe a competição a empresas argentinas”, afirmou Renan Filho.

Os ajustes precisam ser acordados pelos dois países. Até ser arrematada em um leilão, a ponte seguirá com uma empresa que opera o ativo em contrato precário.

Segundo o ministro, o cenário econômico argentino também foi um fator decisivo para o desinteresse no projeto. “A Argentina tem muita dificuldade de ter investimento próprio no seu país, diferentemente do que ocorre no Brasil, onde não temos leilões vazios. Como a sede da companhia, por acordo bilateral, ficaria na Argentina, as restrições cambiais desestimularam os investidores”, explicou.

O projeto atual prevê US$ 99 milhões em investimentos e uma concessão de 25 anos. A estrutura é estratégica, com 15,62 km de extensão e responsável por cerca de 23% das operações comerciais entre Brasil e Argentina, além de quase 40% do fluxo comercial entre Brasil e Chile.

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