Elon Musk: aviões militares serão substituídos por drones

O empresário Elon Musk, conhecido por liderar a Tesla e a SpaceX, afirmou que aviões militares tradicionais estão com os dias contados, reforçando que os drones serão o futuro da guerra. Em uma publicação no X, Musk destacou que caças tripulados “serão destruídos instantaneamente por enxames baratos de drones”.

A declaração ganhou destaque em meio a críticas ao programa F-35, da Lockheed Martin, constantemente apontado por seus altos custos e problemas técnicos. Musk ressalta que a ascensão dos drones não é apenas inevitável, mas também estratégica para redefinir as forças armadas.

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O programa F-35 em xeque

O F-35, considerado um dos programas de defesa mais caros da história, acumula uma série de falhas. Relatórios do Inside Defense e da Air & Space Forces Magazine apontam que os sistemas de software dos caças não apresentam melhorias e continuam atrasados.

Mesmo sem estarem totalmente prontos para combate, os aviões são usados como se estivessem em pleno funcionamento. O War Zone revelou que a cobertura furtiva do F-35C começa a se deteriorar poucos meses após operações no mar, comprometendo a eficácia dos aviões.

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Os números impressionam: o custo total de vida útil do programa já chega a US$ 2 trilhões (cerca de €1,85 trilhão). Além disso, o CEO da Lockheed Martin, Jim Taiclet, teria recebido US$ 928 mil (€860 mil) apenas em despesas relacionadas ao jato em 2024, conforme documento da empresa.

O alerta de Musk e o poder dos enxames

Musk ressalta que a nova era da guerra aérea será dominada por enxames de drones. Pequenos, baratos e coordenados por inteligência artificial, esses dispositivos podem sobrecarregar defesas convencionais com facilidade.

Elon Musk openai / x elon musk
Reprodução/The Late Show with Stephen Colbert

Enquanto cada caça F-35 custa cerca de US$ 80 milhões (€74 milhões), um enxame de 1.000 drones pode ser lançado a uma fração desse valor. A lógica é clara: ao invés de um alvo grande e caro, vários pequenos drones se tornam quase impossíveis de interceptar.

O uso de IA permite que os drones executem manobras complexas em grupo, atacando pontos vulneráveis como radares e motores de aeronaves inimigas. Além disso, seu tamanho reduzido – muitas vezes inferior a 1 metro – dificulta a detecção por sistemas tradicionais.

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Indústria de defesa diante de um novo cenário

A pressão para abandonar projetos de aeronaves tripuladas cresce sobre gigantes como Lockheed Martin e Boeing. Empresas menores, como Anduril e Aerovironment, especializadas em tecnologias autônomas, devem ganhar espaço nesse novo mercado.

A transformação, contudo, não será simples. A adaptação exige mudanças nas linhas de produção, na formação de profissionais e na estrutura das cadeias de suprimento, demandando altos investimentos e tempo.

Desafios regulatórios e éticos

Enquanto o uso militar de drones avança, a legislação ainda tenta acompanhar o ritmo. A Administração Federal de Aviação (FAA) dos EUA impõe restrições para operações de drones sobre áreas povoadas, mas há exceções para aplicações militares.

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No cenário internacional, tratados como a Convenção da ONU sobre Certas Armas Convencionais discutem a regulamentação de “armas autônomas letais”, sem grande progresso até o momento. A preocupação é que a proliferação de enxames possa desestabilizar ainda mais a segurança global, especialmente se caírem nas mãos de grupos não estatais.

Um futuro inevitável

Para especialistas do setor, o alerta de Musk é um chamado à ação. É preciso fomentar a inovação em drones sem ignorar os riscos de segurança e os dilemas éticos.

Embora os problemas do F-35 evidenciem a ineficiência dos programas tradicionais, a solução não está livre de desafios. A corrida para desenvolver contra-medidas, como armas de pulso eletromagnético e redes anti-drones, já começou.

Com a guerra aérea cada vez mais automatizada, a segurança cibernética também ganha importância. Os sistemas de comunicação entre drones precisam ser protegidos para evitar sabotagens e ataques.

Musk deixou claro: o futuro da guerra nos céus será decidido por máquinas. Agora, cabe às indústrias e governos garantir que essa nova era seja também segura e controlada.

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Fonte: dronexl

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