
Levando em conta as incertezas no cenário global, os executivos da Vale (VALE3) avaliaram, durante teleconferência com analistas e investidores nesta sexta-feira (25), que este não é o momento de discutir dividendos extraordinários.
O foco da mineradora no momento tem sido preservar sua resiliência financeira, por conta das atuais condições do mercado, segundo os analistas. Por volta das 15h, os papéis da companhia recuavam 2,64%, a R$ 53,85.
Além disso, executivos da Vale afirmaram que ainda é cedo para falar sobre eventuais impactos das disputas comerciais nos preços do minério de ferro, sobretudo por conta do nível de incertezas, de acordo com o Money Times.
A possibilidade de incentivos da China à indústria doméstica foi um dos pontos levantados na teleconferência da Vale. Considerando um cenário global mais fraco, isto poderia redirecionar parte do aço exportado ao mercado interno chinês.
Na mesma ocasião, o presidente-executivo da Vale, Gustavo Pimenta, afirmou que não vê impactos relevantes para as operações e vendas neste momento.
Vale (VALE3) lucra US$ 1,39 bi no 1T25, queda anual de 17%
A Vale (VALE3) reportou um lucro de US$ 1,394 bilhão no primeiro trimestre de 2025. O montante representa uma queda de 17% em relação ao mesmo período de 2024. A informação foi divulgada pela mineradora nesta quinta-feira (24).
A receita líquida de vendas da Vale (VALE3) nos primeiros três meses de 2025 ficou em US$ 8,119 bilhões, uma contração de 4% frente ao registrado um ano antes. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou US$ 3,115 bilhões no mesmo período, queda de 9% na mesma base comparativa.
Segundo a companhia, o desempenho de vendas melhorou em todos os segmentos de negócios. “As vendas de minério de ferro aumentaram 4% (2,3 Mt) na comparação anual, enquanto as vendas de cobre e níquel aumentaram 7% (5,1 kt) e 18% (5,8 kt), respectivamente”, destacou o relatório.
Ebitda cai 8%
Já o Ebitda Proforma diminuiu 8% na comparação anual, totalizando US$ 3,2 bilhões. O valor foi parcialmente compensado pelo impacto dos menores preços de minério de ferro e níquel, devido aos maiores volumes de vendas e à redução dos custos unitários em minério de ferro.
A geração de fluxo de caixa livre recorrente, por sua vez, ficou em US$ 504 milhões, representando uma redução de US$ 1,7 bilhão em relação ao ano anterior, reflexo do menor Ebitda e do aumento no capital de giro.
A dívida líquida expandida foi de US$ 18,2 bilhões em 31 de março, US$ 1,8 bilhão a mais em comparação com o trimestre imediatamente anterior. O aumento foi impactado pelo pagamento de dividendos e de juros sobre capital próprio.
“Tivemos um início de ano consistente, alinhado com nossos objetivos para 2025. Estamos vendo um bom momento na gestão de custos, com nosso C1 atingindo US$ 21/t no primeiro trimestre, continuando a trajetória de queda ano a ano. Nossos projetos de geração de valor continuam a progredir, sendo elementos essenciais para aumentar a flexibilidade do nosso portfólio e melhorar a eficiência operacional e de custos”, afirmou Gustavo Pimenta, CEO da mineradora.
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