
Ganhar ou perder dinheiro neste ano na América Latina depende basicamente do que acontecer na América Latina, afirma Ben Laidler, diretor de estratégias do Bradesco BBI.
Segundo o executivo, as perspectivas de crescimento ou queda da economia na região dependem mais de eleições e políticas locais do que da guerra tarifária no cenário internacional.
“O resto do mundo é importante, mas é muito mais sobre a política fiscal no Brasil, a agenda de reformas na Argentina e as eleições que estão chegando no Chile. O mercado vem dando sinais de aquecimento e valorização na região apesar do temor no contexto europeu e oriental.
O Mercado Pago, braço financeiro de uma das maiores empresas da América Latina, o mercado livre, recebeu um investimento de R$34 bilhões com promessas de liderar o setor. O JPMorgan destacou oportunidades de investimento no México e no Chile.
O índice MSCI EM Latin America, índice de ações que mede o desempenho de cinco países emergentes da região, cresceu 16% até abril de 2025. Em comparação, o S&P 500, que mede a valorização das ações nos EUA despenca um acumulado de 7,5% até o quarto mês do ano.
América Latina oferece moeda barata e lucros maiores
A região da América do Sul oferece oportunidade de crescimento mais atraentes com moedas mais baratas, uma opção bem atraente para investidores que querem alternativas aos EUA, comenta Laidler. O especialista acrescenta estar otimista com os rumos políticos que a região vem tomando.
O resultado da eleição presidencial deste ano no Chile é o principal foco dos investidores estrangeiros. Gestores de fundos começam a apostar em mudanças de orientação política com perda de apoio de ideias de esquerda.
Pesquisas para a votação do primeiro turno mostram o candidato de centro-direita Evelyn Matthei como a primeira colocada.
Concomitante, Laidler salienta a agenda de reformas da Argentina, uma vez que pode abrir um horizonte de vários anos de alta para o mercado acionário. Para o Brasil, os gatilhos serão as eleições presidenciais para o ano que vem, 2026.
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