
Nos últimos meses, as redes sociais se tornaram um campo de batalha crucial para as lideranças políticas no Brasil. Embora essa disputa seja relativamente nova, ela já demonstra a importância crescente de uma presença digital forte.
Após deixar o cargo, Jair Bolsonaro conseguiu reverter uma tendência de perda de seguidores, enquanto Luiz Inácio Lula da Silva ainda enfrenta desafios significativos nesse cenário.
Dados recentes da plataforma Crowdtangle, da Meta, indicam que Lula experimentou um aumento modesto de seguidores no Instagram entre julho de 2023 e janeiro de 2025, com um acréscimo de 150 mil novas contas.
Em contraste, Bolsonaro atraiu 395 mil novos seguidores no mesmo período, refletindo uma alta de 1,57%. Em termos absolutos, Bolsonaro mantém-se à frente com 25,6 milhões de seguidores, enquanto Lula possui 13,184 milhões.
Análise do engajamento e perfil da audiência
Um estudo detalhado da agência Ativaweb avaliou o comportamento das duas figuras políticas no Instagram e Facebook nos últimos 34 dias, até 13 de janeiro de 2025.
O levantamento destaca que Bolsonaro não apenas possui mais seguidores, mas também ostenta um engajamento superior em suas postagens. Em média, as publicações do ex-presidente recebem 135.800 curtidas, enquanto as de Lula chegam a 59.100.
Diferenças demográficas
A pesquisa também revelou diferenças demográficas significativas entre as audiências de Lula e Bolsonaro.
O presidente tem um apelo mais forte entre mulheres e jovens, com 62,6% de seu público feminino e 42,38% na faixa etária de 25 a 34 anos. Já Bolsonaro tem maior presença entre os homens, 53,69%, e também mantém uma distribuição equilibrada de idade.
Seguidores de baixa credibilidade
Apesar do forte engajamento, ambos enfrentam desafios relacionados à presença de bots e contas inativas. Aproximadamente 19,14% dos seguidores de Bolsonaro são considerados de baixa credibilidade, em comparação a 10,61% de Lula.
Esses números indicam que há espaço para aprimorar a autenticidade dos seguidores.
Para enfrentar essas questões, Lula nomeou Sidônio Palmeira como novo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), buscando fortalecer sua comunicação digital. Sua meta é diversificar conteúdos e ampliar a relevância, saindo das “bolhas” de engajamento.
Enquanto isso, Bolsonaro pode explorar novos formatos para atrair uma audiência mais jovem e diversificada.
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