Ibovespa opera em baixa puxado por Petrobras e bancos; dólar cai

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O Ibovespa, principal índice do mercado acionário nacional, a B3, reverteu as perdas do início do pregão e passou a operar com ganhos durante esta terça-feira (22). 

O índice iniciou a sessão sendo pressionado pela queda em ações da Petrobras (PETR4) e do setor bancário.

Por volta das 12h35 (horário de Brasília) o marcador avançava 0,61%, aos 130.446 pontos.

Já o dólar comercial seguia o sentido contrário do índice, ao passo que recuava 1,08%, cotado a R$ 5,74.

Bolsa cai puxada por commodities e bancos

Depois do feriado prolongado que manteve a Bolsa de Valores fechada por quatro dias, o Ibovespa abriu o pregão desta terça-feira em território negativo. 

Mesmo com a valorização de quase 1% nos contratos futuros de petróleo — tanto do Brent quanto do WTI —, os papéis das petrolíferas operavam em queda e puxavam o índice para baixo. 

As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) caíam 0,45%, enquanto as ordinárias (PETR3) recuavam 0,93%. Já a Prio (PRIO3), outra companhia do setor, perdia 0,43%.

Além disso, o desempenho negativo no Ibovespa é de ações ligadas ao consumo interno e do setor bancário também contribuía para o viés de baixa do mercado. 

O Bradesco (BBDC4) registrava queda de 0,39%, o Banco do Brasil (BBAS3) mantinha estabilidade, e o BTG Pactual (BPAC11) e o Santander (SANB11) caíam 0,14% e 0,41%, respectivamente.

Entre as gigantes da mineração, a Vale (VALE3), que tem forte peso no índice, apresentava leve alta de 0,04%, sem força suficiente para reverter o movimento de baixa da Bolsa.

Mercado reduz projeção para inflação, mas IPCA segue acima da meta

O Boletim Focus divulgado nesta terça-feira apontou uma leve redução na expectativa de inflação para 2025. Segundo o relatório, que reúne as previsões de analistas de mercado, a projeção para o IPCA caiu de 5,65% para 5,57%.

Apesar da queda, o índice ainda permanece mais de um ponto percentual acima do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,5%.

Já a estimativa para o crescimento do PIB foi levemente ajustada para cima, passando de 1,98% para 2%. As previsões para a Taxa Selic no fim do ano e para o câmbio não sofreram alterações, permanecendo, respectivamente, em 15% ao ano e R$ 5,90 por dólar.

Para 2026, os analistas mantiveram a expectativa de inflação exatamente no limite da meta, em 4,5%. A projeção de crescimento do PIB teve uma pequena alta, de 1,61% para 1,7%. O dólar, por sua vez, deve encerrar o ano em R$ 5,96, um centavo abaixo da previsão anterior. A Taxa Selic prevista para o fim de 2026 segue inalterada, em 12,5%.

Wall Street abre no azul e tenta se recuperar de críticas de Trump ao Fed

Após um dia de fortes quedas, os principais índices das Bolsas de Nova York registraram alta nesta terça-feira, em um movimento de recuperação.

Na véspera, o mercado reagiu negativamente às declarações do ex-presidente Donald Trump, que fez duras críticas ao presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. Segundo Trump, Powell estaria “atrasado” na condução da política de juros dos Estados Unidos.

Cerca de uma hora após o início das negociações, o índice Dow Jones subia 1,61%, alcançando 38.785 pontos.

O VIX — conhecido como “índice do medo”, por medir a volatilidade implícita do mercado — recuava 8,22%, mas ainda se mantinha acima da marca dos 30 pontos, sinalizando que o clima de incerteza persiste.

Cotação dos índices dos EUA:

Dow Jones: +2,03%

S&P 500: +2,15%

Nasdaq: +2,33%

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