
Em visita à Unioeste, pesquisadores romenos especializados em desenvolvimento sustentável e clima mostraram preocupação com a falta de colaboração para enfrentar o aumento de temperatura no planeta e as modificações atmosféricas.
O tema foi debatido em uma roda de conversa realizada na quinta-feira, 17, no campus de Foz do Iguaçu, com participação dos professores doutores Nicoleta Brisan e Vlad Măcicășan, da Universitatea Babeș-Bolyai (UBB), de Cluj-Napoca.
Vlad frisou que o problema da mudança climática deixou de ser local e se tornou global e que a falta de colaboração de um país afeta todos. “Há 20, 30 anos, era um problema local, agora estamos falando de um problema global. Sem colaboração e acordos não podemos fazer nada.”
Clique aqui e receba notícias no seu WhatsApp!
Clique aqui e receba notícias no seu WhatsApp!
Especialista em gestão ambiental, áreas protegidas e relações com comunidades locais e paisagens culturais, ele destacou que os pesquisadores têm informações sobre o que ocorre no mundo hoje, mas é preciso uma decisão política para fazer algo.
Durante visita à Unioeste, Vlad observou o trabalho desenvolvido na universidade em relação ao clima e ressaltou que os professores brasileiros e romenos têm preocupações semelhantes.
“Não esperavam que os europeus eram tão parecidos com os brasileiros. No Paraná, tudo é muito familiar, e os pesquisadores estão preocupados com os mesmos problemas.”
Com cadeira na cátedra da UNESCO na área de clima, a professora Nicoleta Brisan salientou que a principal preocupação hoje é com as mudanças atmosféricas e atividades entrópicas no mundo, incluindo o aumento na emissão de gás carbônico.

Ela realçou que alguns países não contribuem para ações favoráveis ao clima, por isso não há perspectivas de mudanças. Segundo a professora, o papel do Brasil nesse contexto é importante, pelo fato de o país apresentar uma biodiversidade com muitas espécies de plantas e animais.
Comitiva romena estreita relações com Brasil
Os pesquisadores da Romênia vieram ao Brasil para estreitar relações acadêmicas e explorar possibilidades de intercâmbio entre instituições de ensino superior dos dois países.
Assessor-chefe de Relações Internacionais e Interinstitucionais da Unioeste, Rafael Mattiello afirmou que a Unioeste tem parceria com a Universitatea Babeș-Bolyai há dez anos e conta com financiamento da União Europeia.

Conforme Mattiello, a Unioeste possui acordo amplo com todas as áreas do conhecimento e, com a visita desta semana, está abrindo novas frentes, inclusive para pleitear uma cátedra da UNESCO sobre a região trinacional com a finalidade de estudar o desenvolvimento sustentável territorial.
Para este ano, está prevista a visita de dez romenos à Unioeste. Na semana passada, vieram os primeiros quatro, que trabalham com a temática de sustentabilidade e mudanças climáticas. Eles visitaram os campi de Marechal Cândido Rondon, Toledo, Cascavel e Foz do Iguaçu.
Na próxima semana, outros três romenos da área de química estarão em Toledo; e em junho, a universidade receberá outros quatro de matemática e ciência da computação. Em maio, dois agentes universitários e dois professores da Unioeste irão para a Romênia para fazer palestras e participar de atividades.
O post Em visita à Unioeste, romenos ressaltam preocupação com clima apareceu primeiro em Últimas Notícias de Foz do Iguaçu e Região – H2FOZ.