
O Brasil deu um passo importante no mapa da sua soberania. Em março de 2025, após sete anos de análise técnica e diplomática, a ONU aprovou o pedido que amplia o território marítimo brasileiro em 360 mil km² — uma área equivalente ao território da Alemanha. A conquista abre caminho para novas possibilidades econômicas, científicas e estratégicas.
Essa nova faixa se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte, alcançando além da atual Zona Econômica Exclusiva (ZEE). O país ganha o direito de explorar o solo e o subsolo marinho dessa região, o que pode representar acesso a jazidas de petróleo, gás natural e outros recursos minerais de alto valor.
A aprovação é fruto de um trabalho conjunto entre militares, diplomatas e pesquisadores brasileiros. O pedido foi protocolado em 2017 e, desde então, passou por etapas rigorosas de avaliação internacional. O reconhecimento veio durante uma sessão especial da Comissão de Limites da Plataforma Continental, realizada em Nova York.
Brasil amplia fronteiras no mar

Embora a nova área não afete os campos de petróleo já explorados, ela amplia o espaço para futuras pesquisas e investimentos. Na prática, o Brasil ganha mais controle sobre o que acontece embaixo das suas águas — reforçando a chamada “Amazônia Azul”, como é conhecido o mar territorial brasileiro pela sua relevância ambiental e econômica.
A região reconhecida abrange bacias sedimentares na foz do Rio Amazonas e em estados como Maranhão, Ceará e Rio Grande do Norte. Além do valor estratégico, trata-se também de uma área rica em biodiversidade, que agora poderá ser estudada e protegida com mais respaldo legal.
Para a Marinha, esse avanço reforça a presença do Brasil no Atlântico Sul e amplia a capacidade do país de decidir sobre seus próprios recursos. Em outras palavras, é mais uma forma de garantir que as riquezas do mar fiquem sob responsabilidade brasileira.
O que é o território marítimo de um país
Assim como as fronteiras em terra, os países também têm limites no mar. Esses limites incluem não apenas as águas, mas também o que está no fundo e embaixo dele. Em geral, um país pode explorar livremente até 200 milhas náuticas a partir da costa — é o que se chama de Zona Econômica Exclusiva.
Com a decisão da ONU, o Brasil expande esse limite, passando a ter direito sobre áreas que antes estavam além do alcance legal. Isso não significa posse no sentido tradicional, mas sim o direito de explorar os recursos ali presentes, respeitando tratados internacionais e regras ambientais.
Mais do que um feito técnico, a ampliação reconhecida pela ONU é um símbolo de presença, conhecimento e estratégia. É o Brasil ampliando seus horizontes — literalmente — e garantindo que suas riquezas, mesmo em alto-mar, sigam sendo parte do seu futuro.
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