Os valores de venda do diesel da Petrobras para as refinarias sofrerão alteração que vale a partir de sexta-feira, 18.
Com o reajuste da Petrobras anunciado na véspera, o litro do diesel passará a ser comercializado, em média, por R$ 3,43 no repasse às refinarias – o que significa um recuo de R$ 0,12 em relação ao preço anterior.
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O ajuste no preço do diesel equivale a uma variação de 3,38%.
A mudança não afeta a gasolina, cujos preços permanecem os mesmos para as distribuidoras.
Este é o segundo corte aplicado no intervalo de menos de três semanas. A decisão acompanha o cenário de recuo no valor internacional do barril de petróleo.
Considerando a atual proporção obrigatória de 86% de diesel A e 14% de biodiesel no produto final vendido ao consumidor, o preço médio da parcela correspondente à Petrobras no litro do diesel B será de R$ 2,95. Isso representa uma redução de R$ 0,10 por litro nessa proporção.
O impacto da redução sobre o valor final cobrado nos postos, no entanto, depende de outros fatores. Entre eles, estão tributos, margens de lucro de distribuidores e revendedores e a composição do combustível, que inclui a mistura de biodiesel.
Segundo levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o preço médio do diesel comum e do S-10 na última semana ficou em e R$ 6,26 e R$ 6,33, respectivamente.
Último reajuste da Petrobras
A última vez que houve alteração no valor do diesel ocorreu no fim de março, quando a estatal promoveu uma redução de 4,6%, ou R$ 0,17 por litro. Naquele momento, tratava-se do primeiro reajuste para baixo desde dezembro do ano passado. Já no começo de fevereiro, os preços haviam sido elevados em 6%.
Queda acumulado no diesel é de 23% deste o fim de 2022
Desde o final de 2022, os preços praticados pela estatal no diesel acumulam queda de R$ 1,06 por litro para as distribuidoras. Em termos percentuais, isso equivale a uma retração de 23,6%. Se ajustado pela inflação do período, a redução real chega a R$ 1,59 por litro, ou 31,7%.
Em entrevista à agência Reuters, Eduardo Oliveira de Melo, sócio-diretor da Raion Consultoria, disse que o corte foi mais contido do que o potencial estimado pela empresa, que calculava uma margem de até R$ 0,30. Segundo ele, a companhia optou por um meio-termo, talvez influenciada pela recente instabilidade no setor de energia e petróleo.
Melo mencionou ainda que o movimento do preço do barril já aponta para uma retomada, o que pode ter influenciado a decisão da Petrobras de não aplicar um corte mais expressivo neste momento.
No dia anterior ao anúncio, Magda Chambriard, presidente da Petrobras, afirmou em conversa com jornalistas que a empresa leva em consideração diversos elementos ao revisar seus preços. Entre eles estão a taxa de câmbio, o comportamento do mercado global e a posição da companhia no setor de combustíveis.
A recente queda nas cotações do petróleo Brent — que caiu de US$ 75 para cerca de US$ 65 — também ajuda a explicar o movimento da Petrobras.
Analistas relacionam esse cenário ao ambiente externo, especialmente às decisões recentes do governo norte-americano, que adotou medidas comerciais mais rígidas.
O temor é de que, com a guerra comercial iniciada por Trump, a economia global enfrente uma recessão. Nesse contexto haveria uma desaceleração da demanda pela commodity, o que pressiona o preço da mesma para baixo.
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