
A cada ano, o fascínio por viagens espaciais cresce de forma exponencial. As missões, impulsionadas por empresas como SpaceX, Blue Origin e Virgin Galactic, prometem não apenas aventuras estelares, mas também a possibilidade de colonização de outros planetas, como Marte. O turismo espacial, contudo, ainda é um privilégio para poucos, devido aos valores exorbitantes das passagens.
Em setembro, a missão Polaris Dawn, realizada pela SpaceX, destacou-se como um dos marcos do turismo espacial contemporâneo. Quatro passageiros tiveram a oportunidade de orbitar a Terra por cinco dias, mas o custo dessa experiência singular não foi divulgado. Apesar disso, há estimativas de que a viagem tenha custado centenas de milhões de dólares.
As cifras astronômicas são reflexo de uma corrida espacial entre bilionários. Elon Musk, Jeff Bezos e Richard Branson estão à frente dessa disputa, buscando tornar as viagens espaciais uma realidade mais acessível e sustentável.
Um passo importante nesse sentido foi dado em outubro, quando a SpaceX conseguiu reutilizar com sucesso o foguete Super Heavy, trazendo esperança de redução de custos futuros.
As viagens espaciais fascinam, mas ainda são um privilégio para poucos – Imagem: Pixabay/reprodução
Quanto custa uma “passagem espacial”?
Embora os detalhes financeiros da missão Polaris Dawn permaneçam desconhecidos, comparações com viagens anteriores da SpaceX ajudam a compreender o cenário.
Em 2021, passagens para a missão Ax-1, também operada pela SpaceX, foram vendidas por US$ 55 milhões cada. Os quatro empresários participantes permaneceram por 16 dias na Estação Espacial Internacional.
Para aqueles interessados em viagens mais curtas, as opções incluem a Blue Origin e a Virgin Galactic. A Blue Origin, de Jeff Bezos, leiloou em 2021 uma passagem por US$ 28 milhões, embora o preço tenha caído significativamente no ano seguinte, com bilhetes custando US$ 1,25 milhão.
A Virgin Galactic, por sua vez, oferece assentos por US$ 600 mil, mas quem adquiriu ingressos há quase duas décadas pagou apenas US$ 200 mil.
Os planos de expansão das empresas espaciais
Para atender à crescente demanda, especialmente no caso da Virgin Galactic, medidas estão sendo implementadas para aumentar a capacidade dos voos.
Com a introdução do novo avião Delta, a empresa espera realizar 125 voos anuais, transportando ao todo 750 passageiros. Assim, planeja-se reduzir a fila de espera, que é composta por cerca de 800 pessoas atualmente.
O turismo espacial e o público
Apesar de as viagens espaciais ainda serem exclusivas, o público em geral tem a chance de presenciar os lançamentos desses passeios.
A NASA, por exemplo, oferece pacotes para assistir a decolagens no Cabo Canaveral, na Flórida. Essas experiências permitem que entusiastas compartilhem um pouco da emoção dessas missões.
Com tudo isso, o turismo espacial avança rapidamente. A esperança é que, com o tempo e a inovação tecnológica, essa experiência se torne mais acessível. Enquanto isso, assistir aos lançamentos pode ser uma forma de vivenciar, mesmo que indiretamente, a emoção de explorar o cosmos.
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