
O Ibovespa, principal índice acionário da Bolsa de Valores brasileira, a B3, iniciou o último pregão da semana em queda, com os holofotes voltados mais uma vez para o cenário externo.
Por volta das 10h15 (horário de Brasília) o marcador apresentava uma queda de 0,08%, aos 128.242 pontos.
Já o dólar comercial seguia o sentido contrário do índice, já que inciva a sessão com ganhos de 0,16%, cotado a R$ 5,87.
Em meio à repercussão das novas tarifas impostas pelos EUA à China, o BCE cortou suas principais taxas de juros em 25 pontos-base, após concluir reunião de política monetária nesta quinta-feira (17).
A taxa de depósito foi reduzida de 2 50% a 2,25%, a de refinanciamento, de 2,65% a 2,40%, e a de empréstimos, de 2,90% a 2,65%.
Após um folheto da Casa Branca gerar confusão ao mencionar que as exportações chinesas estariam sujeitas a uma tarifa de até 245%, o governo Trump veio a público esclarecer: a alíquota base sobre os produtos chineses permanece em “145%”.
O número mais alto, segundo a explicação oficial, se refere à inclusão de tarifas que já incidiam anteriormente sobre determinados itens, como veículos elétricos, que antes do segundo mandato de Trump já eram taxados em 100%.
A correção veio em meio ao aumento das tensões comerciais e à preocupação de investidores com o impacto das medidas protecionistas na economia global. Enquanto isso, o BCE avalia como responder aos próprios desafios econômicos da Europa, em um dia de decisões que prometem movimentar os mercados dos dois lados do Atlântico.
Mercado acompanha desdobramentos da nova tarifa social
O mercado acompanha os planos do governo federal, que quer acelerar a reformulação do setor elétrico, e a proposta já tem um caminho traçado: será enviada ao Congresso por meio de uma medida provisória, com aplicação imediata.
O anúncio foi feito na última quarta-feira (17) pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que destacou como prioridade a criação de uma nova tarifa social de energia elétrica.
A principal novidade da proposta é a gratuidade no consumo de até 80 kWh/mês para famílias de baixa renda, o que, segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), poderá “zerar” a conta de luz de 4,5 milhões de famílias. No total, 17 milhões de lares devem ser beneficiados pela reformulação.
Hoje, o programa de tarifa social oferece descontos proporcionais ao consumo: 65% de abatimento para quem consome entre 30 e 221 kWh/mês; 40% para a faixa de 31 a 100 kWh/mês; e 10% para consumos entre 101 e 220 kWh/mês. Com a mudança, a faixa de isenção total passa a ser incorporada ao modelo.
Mas o custo da ampliação tem destino certo. Silveira explicou que o setor elétrico assumirá um impacto adicional estimado em R$ 3,6 bilhões por ano, valor que será diluído nas tarifas dos demais consumidores.
O ministro afirmou que o aumento médio previsto na conta de luz será de 0,9%, mas admitiu que, se as alterações fossem aplicadas hoje, o impacto imediato poderia chegar a 1,4%, valor que “tende a ser diluído no longo prazo”.
EUA
Os índices futuros dos EUA operam em terreno negativo, nesta quinta-feira (17), após as fortes perdas da sessão anterior, embora tenham registrado ganhos no início da manhã, o que sugeria uma possível correção dessas perdas.
O movimento é impulsionado por sinais encorajadores nas conversas comerciais entre Washington e Tóquio, que reacenderam as esperanças de um alívio tarifário entre as duas potências.
Cotação dos índices futuros dos EUA:
Dow Jones Futuro: -1,73%
S&P 500 Futuro: -2,24%
Nasdaq Futuro: -3,07%
Agenda do dia
Indicadores
▪️ 03h00 – Alemanha/Destatis: PPI de março
▪️ 05h00 – FIPE: IPC semanal
▪️ 08h00 – Turquia: BC divulga decisão sobre juros
▪️ 09h15 – Zona do Euro: BCE anuncia decisão sobre juros
▪️ 09h30 – EUA: Construção de novas moradias em março, pedidos de auxílio-desemprego e índice de atividade do Fed/Filadélfia
▪️ 14h00 – EUA/Baker Hughes: poços e plataformas de petróleo em operação
▪️ 20h30 – Japão: inflação
Eventos
▪️ 09h45 – Zona do Euro/BCE: Christine Lagarde participa de coletiva
▪️ 12h45 – EUA/Fed: Michael Barr discursa em evento
Balanços
▪️ NY/antes da abertura: UnitedHealth
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