China diz que irá ignorar ‘jogo de números’ do ‘Tarifaço’ de Trump

Presidente da China, Xi Jinping, em 2024 (Foto:Tomaz Silva/Agência Brasil)

Em meio à escalada das tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo, a China afirmou nesta quinta-feira (17) que “não há vencedores em uma guerra tarifária ou comercial”.

A declaração veio em resposta à decisão dos EUA de ampliar para até 245% as tarifas sobre produtos chineses — medida que, segundo Pequim, será ignorada.

O Ministério das Relações Exteriores da China classificou a postura americana como “intimidação e coerção” e deixou claro que não pretende ceder à pressão.

Em nota oficial, a chancelaria chinesa afirmou que “a imposição repetida de tarifas anormalmente altas à China por parte dos EUA se tornou um jogo de números sem importância econômica prática”.

Para o governo chinês, tais ações apenas “evidenciarão as táticas dos EUA de instrumentalizar e usar tarifas como armas”.

Apesar de reiterar que não deseja travar uma guerra comercial, o governo chinês reforçou que também “não tem medo dela” e prometeu que “contra-atacará decididamente” caso a pressão continue. O recado é direto: a China se recusa a ser refém de disputas tarifárias e está disposta a reagir.

Pequim reage a tarifas e cobra fim de ‘ameaças e chantagens’

As tensões comerciais entre China e EUA ganharam um novo capítulo nesta quarta-feira (16), quando o Ministério do Comércio chinês confirmou que exportações do país agora enfrentam uma “tarifa cumulativa de até 245%” ao entrarem no mercado americano. A medida, segundo Pequim, revela como Washington “usou suas tarifas de forma completamente irracional”.

Enquanto as tarifas seguem se acumulando, os dois lados trocam acusações sobre quem deve dar o primeiro passo rumo à retomada do diálogo. A Casa Branca sustenta que a responsabilidade por abrir negociações é da China.

Pequim, no entanto, discorda. Um porta-voz da chancelaria chinesa afirmou que o país não irá se antecipar na tentativa de solucionar o impasse e que espera iniciativa do governo de Donald Trump, que, segundo o regime asiático, precisa “parar de usar ameaças e chantagens”.

O cenário permanece travado, com ambos os lados mantendo o tom duro. Para a China, a atual estratégia dos EUA apenas reforça o uso das tarifas como instrumento de pressão política e econômica, enquanto o diálogo segue como uma possibilidade ainda distante.

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