
Um detentor de 2,5% das ações da PDG entrou com um pedido de suspensão imediata do aumento de capital da companhia na justiça de SP. Luciano Faria de Carvalho acusa a empresa de transferência do controle majoritário da companhia para um grupo restrito, causando prejuízo aos demais acionistas e descumprindo termos de recuperação judicial.
A conversão de R$ 16 milhões em dívidas relacionados ao aumento de capital, possui R$5 milhões em notas comerciais detidas pela GB Securitizadora. Segundo apuração do portal Pipeline, as notas emitidas em fevereiro têm prazo de um ano e remuneração de +15% no CDI (Certificado de Deposito Interbancário).
No processo de modificação, os papéis foram avaliados em R$8,1 milhões, considerado um “grande e nebuloso negócio” para os detentores da dívida. Segundo o advogado de Carvalho, Stéfano Soares Faria, não haveria motivos para adiantar a venda, considerado que as notas da GB têm garantia em imóveis.
Advogado alega descumprimento
A PDG vale menos de R$12 milhões atualmente. O aumento de capital significa uma redução de acionistas a menos da metade. Faria alega que o plano de recuperação foi desrespeitado já que a emissão de ações depende da aprovação pelos credores concursais até cinco anos após a conclusão da recuperação judicial, ou outubro de 2026.
Outros R$ 7,95 bilhões são referentes a dívidas com credores da família Ferrarini, que não constam na lista da recuperação judicial da empresa. A PDG não informa a origem nem detalhes da dívida.
O Advogado alega que a conversão de dívidas foi oferecida de forma privada para os dois grupos, se dar as mesmas condições aos demais credores. O descumprimento de um plano de recuperação judicial pode levar a decretação de falência a pedido do ministério público.
A emissão de notas comerciais foi aprovada em 7 de fevereiro pelo conselho de administração da companhia
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