A criação de uma nova categoria no Minha Casa, Minha Vida vai permitir que famílias com renda mensal de até R$ 12 mil também tenham acesso ao financiamento habitacional com condições facilitadas.
Batizada de “Faixa 4”, essa nova modalidade foi aprovada nesta terça-feira (15) pelo Conselho Curador do FGTS.
Segundo o governo federal, essas famílias poderão contar com taxas de juros mais baixas do que as atualmente oferecidas no mercado. A expectativa é que a medida entre em vigor na primeira quinzena de maio, embora a data exata de início ainda não tenha sido divulgada oficialmente.
O anúncio das mudanças ocorreu neste mês, como parte da ampliação do programa habitacional, que busca alcançar também a classe média, oferecendo mais acesso à casa própria em condições mais vantajosas.
Nova Faixa 4 amplia alcance do programa e mira classe média
Em mais um movimento voltado à classe média, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou a nova “Faixa 4” do programa Minha Casa, Minha Vida — medida que, segundo o governo, tem potencial para beneficiar inicialmente até 120 mil famílias. O anúncio ocorre a pouco mais de um ano das eleições presidenciais de 2026.
Destinada a famílias com renda mensal entre R$ 8,6 mil e R$ 12 mil, a Faixa 4 permitirá o financiamento de imóveis avaliados em até R$ 500 mil. Diferente das faixas anteriores, essa modalidade não contará com subsídio governamental, ou seja, o valor total do imóvel deverá ser pago integralmente pela família.
Ainda assim, as condições oferecidas são mais atrativas que as do mercado atual. Os financiamentos poderão ser contratados em prazos de até 420 meses (35 anos), com uma taxa de juros anual de 10% — inferior à média praticada por instituições financeiras, que hoje ultrapassa 11,5% ao ano.
Com isso, o governo busca ampliar o alcance do programa habitacional, agora também mirando camadas da população que, até então, ficavam fora das faixas de renda contempladas.
Faixas de renda do Minha Casa, Minha Vida ampliam acesso ao programa
O Ministério das Cidades anunciou que cerca de 100 mil famílias devem ser beneficiadas com a atualização dos tetos de renda das faixas já existentes no programa Minha Casa, Minha Vida. A decisão foi aprovada nesta terça-feira (15) pelo Conselho Curador do FGTS.
A mudança redefine os limites de renda familiar para inclusão no programa habitacional. Com a nova regra, a Faixa 1 passa a incluir famílias com renda de até R$ 2.850 por mês (antes, o teto era R$ 2.640). A Faixa 2 sobe para R$ 4,7 mil (ante R$ 4,4 mil) e a Faixa 3 agora contempla famílias com renda de até R$ 8,6 mil mensais (eram R$ 8 mil).
“Essas faixas de renda não consideram pagamentos de auxílio-doença, auxílio-acidente, seguro-desemprego, Benefício de Prestação Continuada (BPC) e Bolsa Família”, informou o governo.
Além disso, quem recebe BPC ou é beneficiário do Bolsa Família tem condições ainda mais facilitadas: “não precisa nem pagar prestações. O imóvel do Minha Casa, Minha Vida é 100% subsidiado pelo governo”.
Com esse reajuste nos critérios, o programa amplia o alcance e reforça o papel social ao facilitar o acesso à moradia digna para um número maior de brasileiros.
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