
Uma inspeção presencial nos frigoríficos brasileiros habilitados a exportar carne bovina e suína para os EUA será feita pelos auditores do governo Donald Trump, entre os dias 5 e 16 de maio, de acordo com apuração da “Folha de S.Paulo”.
Sob coordenação do FSIS (Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar, ligado ao Departamento de Agricultura dos EUA), o objetivo da visita é avaliar as condições sanitárias e de infraestrutura das unidades. Uma reunião virtual para apresentação das conclusões está marcada para 22 de maio.
Além disso, a auditoria também quer verificar se o sistema de inspeção sanitária brasileiro continua equivalente ao dos EUA, segundo o jornal, pois se trata de uma exigência técnica para a manutenção das exportações ao mercado americano.
Atualmente, cerca de 54 frigoríficos brasileiros têm essa habilitação, entre eles grandes empresas como JBS, Marfrig, Minerva, Frisa e Aurora.
Ainda de acordo com o jornal, a auditoria dos EUA deve incluir visitas a frigoríficos, laboratórios e unidades do Ministério da Agricultura em diversos estados, além de reuniões em Brasília. O procedimento é de rotina, segundo o FSIS, e ocorre geralmente a cada dois ou três anos.
No momento, não há registro de irregularidades que motivem a revisão. No cenário global, o O Brasil lidera as exportações de carne bovina, com cerca de 25,5% de participação no mercado mundial, à frente da Austrália e da Índia.
Já na carne suína, a liderança está por conta dos EUA, seguidos pela União Europeia e pelo Brasil.
Comércio entre Brasil e EUA bate recorde no 1º tri
Pela primeira vez, o comércio entre os EUA e o Brasil chegou à marca de US$ 20 bilhões, o que marca um recorde no primeiro trimestre de um ano.
No período entre janeiro e março de 2025, as exportações do Brasil para os EUA somaram US$ 9,7 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 10,3 bilhões, segundo relatório da Amcham Brasil (Câmara Americana de Comércio).
Em comparação com o mesmo período do ano passado, o volume representa um crescimento de 6,6%. Ainda assim, a balança comercial brasileira com os EUA permaneceu deficitária.
Ainda no primeiro trimestre deste ano, as exportações da indústria brasileira atingiram US$ 7,8 bilhões, o que elevou a participação dos EUA como destino das exportações industriais nacionais para 18,1%.
Um avanço foi registrado na exportação de seis dos dez principais produtos comercializado entre o Brasil aos EUA:
Sucos (+74,4%)
Óleos combustíveis (+42,1%)
Café não torrado (+34%)
Aeronaves (+14,9%)
Semiacabados de ferro ou aço (+14,5%)
Já na linha das importações, outros oito dos dez principais produtos tiveram uma alta neste primeiro trimestre:
Óleos brutos de petróleo (+78,3%)
Medicamentos (+42,4%)
Motores e máquinas não elétricos (+42,3%)
Outros produtos farmacêuticos (+29,1%)
Óleos combustíveis (+9,4%)
Aeronaves (+8,1%)
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