No primeiro trimestre de 2025, a Apple retomou a liderança no mercado global de celulares, impulsionada pela forte demanda pelo iPhone 16e em países emergentes como Índia e Japão, mesmo diante de dificuldades em regiões como China, Europa e Estados Unidos.
Segundo dados da Counterpoint Research divulgados nesta segunda-feira (15), a Apple conquistou 19% da participação global no setor de smartphones, ultrapassando a rival Samsung, que ficou com 18% do mercado. O desempenho reforça o apelo contínuo da marca da maçã mesmo em um cenário desafiador.
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Alta procura em mercados emergentes
Apesar da retração ou estabilidade nas vendas em regiões como os Estados Unidos e a Europa, a Apple teve desempenho expressivo em mercados emergentes, o que foi decisivo para o seu crescimento no início do ano. A Índia e o Japão se destacaram como mercados-chave, sustentando a procura por modelos recentes como o iPhone 16e.
A performance da empresa é ainda mais notável considerando o cenário competitivo na China, onde fabricantes locais como a Huawei continuam ganhando espaço. Mesmo com essa pressão, o apelo da Apple segue forte em outras regiões.
Estratégias para driblar tarifas
De acordo com informações da IDC, as vendas globais de smartphones cresceram 1,5% no primeiro trimestre de 2025. A Apple adotou estratégias logísticas ousadas para manter sua liderança, como o fretamento de voos de carga para transportar iPhones fabricados na Índia diretamente aos EUA, evitando tarifas de importação impostas pelo governo norte-americano.
Apple enche aviões com iPhones para escapar de tarifas nos EUA
Estima-se que a Apple tenha enviado por via aérea até 600 toneladas de iPhones, o equivalente a cerca de 1,5 milhão de unidades, em uma manobra para escapar das tarifas estabelecidas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
“A recente isenção do governo dos EUA, que suspendeu as tarifas de importação de smartphones da China, oferece um alívio temporário para as empresas norte-americanas, mas a forte dependência da cadeia de suprimentos da China persiste em meio à contínua volatilidade das tarifas”, afirmou Ryan Reith, analista da IDC.
Corrida contra o tempo e concorrência acirrada
A recomendação de especialistas é que as empresas americanas aproveitem esse momento de isenção para acelerar a produção e o envio de celulares ao mercado dos EUA, antes que novas medidas tarifárias possam ser impostas.
A Counterpoint alertou ainda que, apesar dos números positivos, o mercado de smartphones pode enfrentar queda ao longo de 2025 devido à incerteza causada pelo “caos tarifário” promovido por Trump.
Enquanto isso, a competição segue intensa. A Xiaomi manteve-se na terceira colocação no ranking de maiores fabricantes, consolidando seu espaço com boas vendas. As marcas chinesas Vivo e OPPO completam o top 5 global.
Com o reposicionamento estratégico da Apple e seu foco em mercados em ascensão, a empresa reforça seu protagonismo no setor, mesmo enfrentando um cenário geopolítico conturbado e uma cadeia de suprimentos cada vez mais complexa.
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Fonte: Counterpoint Research
