
O Pix já faz parte da rotina dos brasileiros, movimentando milhões de transações diariamente. No entanto, nem todos os estados utilizam o sistema com a mesma frequência.
Segundo um levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Santa Catarina foi o estado que menos realizou transferências via Pix em 2024, com uma média de 25 operações mensais por usuário.
A baixa quantidade de transações não significa um uso menos relevante do serviço. O mesmo estudo revelou que os catarinenses realizam transferências de valores mais altos, com uma média de R$ 248,96 por transação, a segunda maior do país.
Por que Santa Catarina usa menos o Pix?
A pesquisa aponta que a frequência de uso do Pix está diretamente relacionada a fatores econômicos e regionais. Estados com renda média mais alta tendem a fazer menos transferências, mas de valores maiores.
Isso significa que, em locais onde a população tem maior poder aquisitivo, o Pix é utilizado principalmente para pagamentos mais expressivos e não tanto para pequenas compras do dia a dia.
O oposto acontece em regiões onde o valor médio das transações é menor. O Amazonas, por exemplo, registrou a maior média de transações por usuário no país (47 Pix por mês), mas o menor valor médio por transferência, cerca de R$ 120,53. Isso sugere um uso mais cotidiano do serviço, seja para compras menores ou pagamentos recorrentes.
Além disso, a adesão ao Pix também pode influenciar esse cenário. No Brasil, 63% da população já utiliza o sistema, mas a taxa varia conforme o estado. O Distrito Federal lidera o ranking, com 77% de adesão, enquanto Santa Catarina registrou um índice de 60,86%.
O que é o Pix e por que ele se tornou tão popular?

Criado pelo Banco Central, o Pix revolucionou os pagamentos no Brasil ao permitir transferências instantâneas e gratuitas entre pessoas e empresas a qualquer hora do dia. Diferentemente de métodos tradicionais, como DOC e TED, que funcionam apenas em horários comerciais e podem cobrar taxas, o Pix reduz burocracias e facilita transações em tempo real.
Além da rapidez, a segurança e a praticidade são grandes vantagens do sistema. Hoje, o Pix é aceito por comércios, prestadores de serviços e até instituições públicas, consolidando-se como um dos meios de pagamento mais utilizados no país.
O estudo da FGV mostra que o uso do Pix pode variar conforme o perfil econômico e os hábitos financeiros de cada região. No entanto, independentemente da frequência ou do valor das transações, o sistema segue como um marco na digitalização dos pagamentos no Brasil.
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