Guerra comercial diminui expectativas do mercado de luxo 

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A guerra comercial empreendida pelo presidente Donald Trump destruiu expectativas de uma retomada no mercado de luxo para 2025. As tarifas ameaçam prolongar a demanda sobre bolsas e relógios de luxo e afetam diferentes estágios da cadeia produtiva desses bens.

O EUA e China são as duas economias que mais movimentam o mercado de luxo e com a continuidade das tarifas recíprocas entre as nações, a confiança do consumidor tem risco de ficar minada. As informações são do jornal Financial Times

Analistas reagem ao contexto cortando previsão de crescimento sobre todo o setor. A Bernestein prevê uma queda de 2% nas empresas do segmento ante provisões de crescimento em 5% para o ano diante da incerteza global.

 “Nosso cenário agora é que qualquer retomada para o luxo seja adiada para 2026”, afirmou um banqueiro do setor ao FT. Apesar de haver possibilidade de recuo, como uma pausa nas tarifas de outros países durante 90 dias, “muito dano já está feito”, segundo a fonte. 

Imprevisibilidade em qualquer setor 

Impacto da política tarifária no mercado de luxo

O chefe da LVMH, holding francesa que atua no setor de luxo, Bernard Arnault,  viajou para Washington no final de março para discutir as consequências dos EUA empreender sua política tarifária. Arnault em amizade com Trump antes do empresário assumir a presidência e saudou o mandatário em sua posse com otimismo.

O Barclays prevê diminuição de 1% no primeiro trimestre nas vendas orgânicas na divisão de moda e artigos de couro da LVMH. A empresa deve apresentar os resultados do setor de luxo nesta segunda-feira (14).

Visão dos analistas e expectativas de mercado

Erwan Rambourg, diretor administrativo do HSBC, escreveu que os riscos para o luxo residem em uma combinação de destruição de riqueza, poder de compra limitado do consumidor nos EUA e ampla deterioração do sentimento do consumidor.

Os analistas do banco haviam atualizado a recomendação da maioria das ações de luxo no final do ano passado, acreditando que elas se beneficiaram de uma recuperação nos gastos com luxo impulsionada pelos EUA. “Na nossa opinião, esse não será mais o caso”, escreveram.

“Esperamos literalmente menos garrafas de champanhe estourando”, disse ele. As expectativas de mercado para bens de alto valor também estão baixas na China. 2025 começou com uma leve estipulação de crescimento, mas que não parece mais se confirmar.

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