Henrique Dubugras, cofundador da Brex, compara os ecossistemas de startups dos Estados Unidos e do Brasil durante a Brazil Conference 2025, em Boston.
A jornada de sucesso do Brasil ao Vale do Silício
Henrique Dubugras e Pedro Franceschi começaram cedo no empreendedorismo. Desde muito jovens, aos 16 e 17 anos, fundaram a Pagar.me, que foi vendida para a Stone em 2016.
Logo depois, no ano seguinte, deram um novo passo e criaram a Brex, uma startup de gestão de despesas corporativas.
Atualmente sediada no Vale do Silício, a Brex foi avaliada em US$ 12,3 bilhões, após receber US$ 1,5 bilhão em investimentos de fundos como Tiger Global e Greenoaks.
A importância da base brasileira
Durante a Brazil Conference 2025, Dubugras afirmou que, sem dúvida, a experiência no Brasil foi decisiva.
“A Brex nunca teria dado certo se não fizéssemos, primeiro, uma empresa que deu certo no Brasil”, disse. Para ele, o ambiente desafiador fortaleceu sua mentalidade empreendedora.
Henrique Dubugras explica as diferenças entre empreender no Brasil e nos EUA
Dubugras comparou os dois países usando uma metáfora automobilística: “Nos Estados Unidos, você tem os melhores engenheiros.
É Fórmula 1. No Brasil, é uma corrida de rua: com buracos e sem placas. Mas é igual para todos”. Nos EUA, os concorrentes reagem rapidamente e há muito mais capital disponível.
Europa é o novo desafio para fintechs brasileiras
No painel, o investidor André Street trouxe outra perspectiva: a Europa.
De acordo com ele, o continente apresenta desafios culturais e legais, o que torna o ambiente de negócios mais complexo.
Além disso, André Street citou países como Islândia e Portugal como mercados lentos e burocráticos.
Henrique Dubugras destaca a força da experiência brasileira
Apesar das dificuldades, Dubugras e Street enxergam vantagem em ter começado no Brasil. “Trabalhamos o dobro. Misturamos a garra brasileira com a velocidade americana, e o resultado aparece”, concluiu o fundador da Brex.
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