
O ritmo acelerado da economia brasileira no início de 2025 está prestes a mudar.
De acordo com uma pesquisa da Reuters com 48 economistas, o segundo semestre trará uma desaceleração do crescimento, impulsionada por dois fatores principais: juros ainda elevados e as crescentes incertezas no comércio internacional, principalmente devido a mudanças lideradas pelos Estados Unidos.
Após um primeiro semestre aquecido, impulsionado por uma safra agrícola recorde, os especialistas projetam que o Produto Interno Bruto (PIB) perca força entre julho e dezembro.
A estimativa é que o crescimento no primeiro semestre fique em torno de 2,5%, mas recue para 1,5% nos seis meses finais.
Juros altos ainda são freio para o crescimento da economia brasileira
Apesar de a taxa básica de juros (Selic) já ter passado por cortes ao longo de 2024, ela continua em patamares que dificultam novos investimentos e o consumo das famílias. Esse é um dos principais freios apontados pelos economistas para o segundo semestre.
Essa política monetária mais conservadora visa conter a inflação, mas acaba afetando diretamente o desempenho de setores importantes como indústria e comércio.
A expectativa é que, diante desse cenário, o governo federal considere aumentar os gastos públicos como estratégia para sustentar a atividade econômica.
Projeção do PIB do Brasil para 2025 e 2026: o que esperar?
A pesquisa da Reuters revelou que a expectativa de crescimento do PIB para 2025 é de 2,0%, uma desaceleração considerável frente aos 3,4% registrados em 2024. Já para 2026, a mediana das previsões aponta um crescimento mais modesto: apenas 1,6%.
Esses números, embora ainda positivos, reforçam o sinal de alerta para gestores públicos, empresários e investidores que acompanham de perto o desempenho da maior economia da América Latina.
Outro fator que pesa nas projeções econômicas é a instabilidade no comércio internacional. Com os Estados Unidos redesenhando suas estratégias comerciais, países emergentes como o Brasil precisam rever suas próprias posições no mercado global.
Essas mudanças podem afetar diretamente as exportações brasileiras e gerar incertezas quanto ao fluxo de investimentos estrangeiros no país.
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