
A família dona da C&A(CEAB3) decidiu abrir parte de seu império financeiro de US$ 39 bilhões ao público investidor. Conhecida historicamente pela discrição, a família Brenninkmeijer, controladora da famosa rede de varejo de moda, começa agora a dar sinais de mudança, com a criação de novos veículos de investimento voltados para terceiros.
O movimento representa uma virada significativa para uma das famílias mais tradicionais e fechadas do mundo dos negócios. Segundo informações da “Bloomberg Línea”, o grupo está estruturando gestoras para atuar em áreas como crédito privado, imóveis e investimentos em startups. Dessa forma, busca captar recursos externos e, ao mesmo tempo, diversificar ainda mais seu portfólio.
Família dona da C&A rompe tradição de sigilo
Tradicionalmente, a família dona da C&A sempre manteve suas atividades financeiras sob rígido sigilo. O conglomerado, que tem origem holandesa e já atravessa seis gerações, construiu uma das maiores fortunas familiares da Europa longe dos holofotes.
Agora, no entanto, a estratégia passa por uma abertura gradual. A Cofra Holding, braço de investimentos da família, planeja captar investidores para suas operações em setores variados. A ideia é utilizar a expertise de décadas de gestão de patrimônio para oferecer novos produtos no mercado global.
Além disso, conforme a publicação, a família entende que o cenário atual de juros e liquidez global apresenta boas oportunidades para que gestores experientes, como eles, consigam atrair investidores institucionais e de alta renda.
Mudança no perfil de negócios
A abertura a novos investidores também reflete uma necessidade de adaptação ao novo ambiente de negócios. Com mercados mais dinâmicos e competição crescente, manter a eficiência e relevância exige buscar parcerias e novos fluxos de capital.
Apesar da movimentação, fontes próximas à família indicam que a cultura de discrição e a gestão conservadora dos ativos seguirão como marcas registradas.
A C&A, fundada em 1841, continua sendo um dos símbolos da história de sucesso da família Brenninkmeijer. Com a expansão dos seus investimentos, o sobrenome que moldou o varejo de moda na Europa e no Brasil promete agora ganhar protagonismo também no mundo financeiro.
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