
Em seu relatório mensal mais recente, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) anunciou uma revisão para baixo na previsão de crescimento da demanda global de petróleo para o ano de 2025.
A estimativa foi reduzida em 150 mil barris por dia, agora projetando um aumento de 1,30 milhão de barris diários — número ainda robusto, mas inferior ao divulgado no mês anterior.
Essa mudança reflete tanto os dados atualizados do primeiro trimestre do ano quanto os efeitos das tarifas comerciais impostas pelos EUA. Vale lembrar que o tarifaço vêm aumentando a instabilidade no comércio global.
Incerteza econômica global influencia projeções da Opep
Além da demanda por petróleo, a Opep também cortou suas expectativas para o crescimento econômico mundial em 2024 e 2025. O relatório aponta que, embora a economia tenha mostrado um bom desempenho no início do ano, a volatilidade no comércio internacional adicionou um novo grau de incerteza às projeções de curto prazo.
“A economia global apresentou uma trajetória estável no início de 2025. Mas os desdobramentos no comércio internacional criaram um cenário menos previsível para os próximos meses”, destacou o relatório da entidade.
Mesmo com a revisão para baixo, a Opep continua mais otimista que outras instituições. A organização ainda prevê um crescimento contínuo no consumo de petróleo pelos próximos anos, contrastando com a visão da Agência Internacional de Energia (AIE), que acredita que a demanda global atingirá seu pico nesta década, à medida que o mundo acelera sua transição para fontes de energia mais limpas e renováveis.
Tarifas dos EUA pesam na balança do petróleo
As tarifas comerciais impostas recentemente pelos Estados Unidos estão entre os principais fatores que influenciaram essa revisão da Opep. Isso porque, elas aumentam os custos das transações globais e podem desacelerar a atividade econômica, diminuindo o consumo de combustíveis fósseis.
Essa medida, além de intensificar tensões geopolíticas, afeta diretamente o setor energético, um dos mais sensíveis a mudanças nas políticas comerciais internacionais.
Para quem acompanha o mercado de petróleo de perto, esse novo cenário exige atenção redobrada.
Portanto, a combinação de projeções mais modestas, insegurança econômica e pressões geopolíticas pode alterar significativamente as estratégias de produção, investimento e distribuição global de petróleo.
Em suma, especialistas já observam uma movimentação no mercado de futuros, com investidores reavaliando riscos e expectativas em relação ao desempenho das commodities energéticas nos próximos meses.
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