A rotina de um astronauta costuma parecer fascinante para o público, mas por trás das câmeras e dos experimentos científicos, também há jornadas longas, imprevistos e, por vezes, uma remuneração que surpreende.
Um exemplo recente foi a missão dos astronautas Butch Wilmore e Suni Williams, da NASA, que retornaram à Terra em 18 de março de 2025, após 286 dias no espaço — muito além da previsão inicial de apenas uma semana.
A longa permanência foi causada por problemas técnicos no voo-teste da cápsula Boeing Starliner.
Quanto a NASA paga aos astronautas?
De acordo com a NASA, os astronautas recebem um salário anual fixo, com base em uma jornada de 40 horas semanais. Os valores variam entre US$ 125 mil e US$ 163 mil, o que corresponde a aproximadamente R$ 715 mil a R$ 933 mil por ano.
Apesar da carga horária intensa e das condições extremas, não há pagamento adicional por horas extras ou trabalho aos fins de semana.
Quando a missão se estende além do previsto, como no caso de Wilmore e Williams, a agência americana garante um adicional de US$ 5 por dia a título de “despesas incidentais”. No total, o acréscimo pela permanência de 286 dias chegou a US$ 1.430 — cerca de R$ 8.140.
Salário em outras agências espaciais
A remuneração dos astronautas varia de acordo com cada país e agência. Na Rússia, por exemplo, os cosmonautas da Roscosmos ganham entre US$ 60 mil e US$ 150 mil por ano (cerca de R$ 344 mil a R$ 859 mil).
Já na China, os valores pagos pela agência CNSA não são divulgados oficialmente, mas acredita-se que sejam semelhantes aos da NASA.
Independentemente da agência, todos os custos relacionados à missão — como transporte, alimentação e hospedagem — são integralmente cobertos.
O caminho para se tornar astronauta
Quem deseja se tornar astronauta precisa estar preparado para uma seleção rigorosa. Ter formação em engenharia, ciências exatas, medicina ou áreas afins é essencial, assim como o domínio de idiomas, preparo físico e experiência profissional.
Além disso, candidatos aprovados ainda passam por treinamentos intensos, que incluem simulações em gravidade zero, técnicas de sobrevivência e adaptação ao ambiente espacial.
Embora seja um desafio, a carreira de astronauta continua a inspirar pessoas ao redor do mundo — unindo ciência, coragem e um profundo desejo de explorar o desconhecido.
*Com informações de iG.
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